Ministro veta negociação com líderes de última greve dos caminhoneiros
Para governo, a motivação política esvaziou o movimento
![Ministro veta negociação com líderes de última greve dos caminhoneiros](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FTarcisio_de_Freitas_fc161d745c.jpg&w=1920&q=90)
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, excluiu de sua agenda de compromissos negociações com os líderes da mais recente greve de caminhoneiros, ocorrida 2ª feira (26.jul). A avaliação do governo é de que a paralisação teve motivação política e os representantes da mobilização não estão dispostos a negociar.
"O ministro deixou claro à equipe que vai priorizar o diálogo com quem está disposto a sentar à mesa para conversar e não com quem usa caminhoneiro para se promover na imprensa. Temos 90 entidades conversando diariamente com o governo, no fórum do transporte rodoviário de cargas. Mas para quem tenta chantagear, as portas estão fechadas", disse uma fonte no Ministério.
A equipe ministerial monitorou toda a paralisação, que não atingiu as rodovias federais. As anotações internas apontam que o número de ocorrências registradas pela Polícia Rodoviária Federal foi três vezes menor que o registrado na tentativa de greve em fevereiro.
Dois pontos chamaram a atenção da equipe de Tarcísio Gomes de Freitas pela baixa adesão: São José dos Pinhais (PR), região do líder do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas; e Ijuí (RS), reduto de atuação de Carlos Alberto Litti Dahmer, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística.