Eleições : "Se não aprovar, vamos com a regra que tá valendo", diz Mourão
Vice-presidente disse que aceitaria eventual derrota da proposta do voto impresso no Congresso
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Apoiador do voto impresso como nova maneira de auditar as escolhas dos eleitores, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que se a medida não for aprovada no Congresso Nacional, as eleições serão realizadas normalmente. A fala vai de encontro ao que tem defendido o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que já insinuou uma possível suspensão do processo eleitoral, caso a auditoria também defendida por ele não seja regulamentada e colocada em prática.
"Se não aprovar, vamos com a regra que tá valendo", disse Mourão em entrevista nesta 3ª feira (13.jul). Ele se refere à iniciativa da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) em análise no Congresso Nacional. A PEC 135/19 propõe que uma cédula seja impressa após a votação eletrônica, de modo que o eleitor possa conferir o voto antes que ele seja depositado automaticamente e sem contato manual, numa urna trancada para auditoria. Portanto, a proposta não visa a eliminação da urna eletrônica.
Em 2020, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do voto impresso, porque poderia colocar em risco o sigilo da escolha do eleitor, promovendo práticas como compra de votos. Além disso, o procedimento geraria novos custos às eleições e a apuração dos resultados seria mais lenta.
Apesar de ter defendido aceitação a uma eventual derrota da proposta no Congresso Nacional, o próprio Mourão já reconheceu que dificilmente será candidato a vice de Bolsonaro novamente. Em entrevistas anteriores, disse que o presidente deve optar por um vice de um partido de mais peso político. No entanto, Mourão já afirmou que não deve ficar de fora do processo eleitoral, sendo possível candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.