Bolsonaro garante Barros como líder do governo pelo menos até depoimento
Presidente afirmou que deu um voto de confiança porque não quer condenar de forma antecipada o aliado
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu nesta 2ª feira o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Segundo Bolsonaro, ele pretende conversar com o parlamentar depois que ele depuser à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado.
Bolsonaro afirmou que deu um voto de confiança porque não quer condenar de forma antecipada o aliado: "Eu tenho que dar um crédito para ele até que prove que ele tem alguma culpa em algum lugar. Ele vai depor e, após o depoimento, vou conversar com ele novamente".
O depoimento de Barros está marcado para o dia 20 deste mês, mas aliados tentam antecipar. O deputado tem dito que quer falar à comissão o quanto antes, porque ele assegura que não existem provas do envolvimento em nenhuma irregularidade envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.
Ao depor à CPI, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) sustentou que Bolsonaro teria citado Barros quando ele fez as denúncias ao presidente no Palácio da Alvorada, no fim de março.
Barros era ministro da Saúde do governo Temer quando a Global, sócia da Precisa, empresa que negociou no Brasil as doses da Covaxin, criou uma dívida de R$ 19 milhões com o governo brasileiro. A empresa venceu licitação de medicamentos do Ministério da Saúde, mas nunca entregou a encomenda.