CGU e Ministério da Saúde anunciam suspensão do contrato da Covaxin
Decisão foi anunciada após reunião no Planalto. Ministro ressaltou que decisão não tem relação com pedido do MP
SBT News
A Controladoria-geral da União (CGU) vai fazer nos próximos dez dias uma auditoria no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa, empresa que negociou com o governo brasileiro a compra de doses da vacina indiana Covaxin. O ministro Wagner Rosário explicou, nesta 3ª feira (29.jun), que será feita a análise de toda a documentação apresentanda pela empresa nos últimos meses, e que, só depois disso, a CGU irá decidir se cancela a negociação.
A compra da Covaxin virou munição para a oposição na CPI da Pandemia, no Senado, depois que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), ex-aliado de Bolsonaro, declarou que avisou o presidente em 20 de março sobre irregularidades na negociação. O irmão do deputado é funcionário do Ministério da Saúde e disse ter sofrido pressão para liberar a importação da vacina.
No anúncio feito nesta 3ª, Wagner Rosário destacou que, em análise preliminar da CGU, não foram identificadas irregularidades no contrato, mas foi decidido fazer uma auditoria mais aprofundada do órgão de controle. A suspensão do contrato começou a ser discutida na 2ª feira. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve várias reuniões com a assessoria jurídica da Presidência, com o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), que está fazendo a defesa do governo diante das denúncias, e também com Wagner Rosário.
Nesta 3ª, Rosário e Lorenzoni participaram de evento no Palácio do Planalto e, logo em seguida, a suspensão do contrato foi confirmada. O Ministério Público já havia feito o pedido para que a negociação não continuasse, no entanto, Wagner Rosário ressaltou que a decisão do Planalto não tem relação com o pedido do MP, que investiga a denúncia de fraude.
Veja reportagem do SBT Brasil: