"Uma Nação não pode sucumbir por falta de informação"
Ao SBT News, André Costa, secretário especial de Comunicação Social, revela desafios à frente do cargo
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Coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, André Costa assumiu a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), do Ministério das Comunicações, há dois meses, mas tem como certa a missão: a falta de informação pode atrapalhar um país.
"Uma Nação não pode sucumbir por falta de informação, ao medo, é preciso ser corajosa. O Brasil é formado por um povo corajoso, que já demonstrou isso em várias passagens", disse Costa, em entrevista exclusiva ao SBT News.
"A comunicação é um um bom instrumento para isso, nós conseguimos levar ao povo isso que está sendo feito, as medidas que estão sendo adotados para que possamos retomar o mais rápido possível a vida normal", afirmou.
Confira os principais trechos da entrevista:
Qual o desafio de um coronel da Polícia Militar na comunicação do governo?
Isso pode parecer um tanto quanto estranho, mas na verdade a carreira policial militar nos dá uma gama de conhecimento muito grande, por isso, um militar, seja do Distrito Federal ou de qualquer Unidade da Federação, consegue abarcar vários ramos profissionais. Por exemplo, temos especialistas em meio ambiente que trabalham na nossa Polícia Ambiental, temos pessoas do corpo médico, engenheiros, advogados, publicitários... E por que não na comunicação social? Algo que também precisa ser lembrado é que na Polícia Militar você também pode compor a Força de Paz da ONU. Eu tive esse privilégio entre os novos de 2004/2005, quando eu estive no Timor-Leste. Ali era preciso restabelecer a confiança da sociedade naquela polícia que aparece no país. E a forma de fazer isso é a partir da comunicação.
E qual a missão do senhor no governo federal?
A grande virtude do ser humano é essa possibilidade de se comunicar, e essa comunicação só é efetiva quando a gente de fato consegue levar a verdade para o nosso receptor, no caso o nosso grande cliente que é o povo brasileiro. O Brasil é um país continental, nós temos aí na diversidade de culturas, a diversidade de povos, e conseguir chegar a esse povo na linguagem dele, trazendo esses benefícios que o governo tem trabalhado em prol dessa Nação, é o grande desafio. É fazer essa adaptação da mensagem ao nosso público receptor.
Esse desafio aumenta com a pandemia?
Sem dúvida. A pandemia atinge de várias formas uma Nação, atinge várias formas o povo. Eu acho que uma maneira de mitigar um pouco esses efeitos é por meio da comunicação, mostrando todo o cuidado que vem sendo adotado pelo governo e por todas as entidades públicas e privadas. Uma Nação não pode sucumbir por falta de informação, ao medo, é preciso ser corajosa. O Brasil é formado por um povo corajoso, que já demonstrou isso em várias passagens. A comunicação é um um bom instrumento para isso, nós conseguimos levar ao povo isso que está sendo feito, o cuidado que deve ser tomado, mas também as medidas que estão sendo adotadas para que possamos retomar o mais rápido possível a vida normal, e que a gente possa crescer com uma grande Nação.
Quais as estratégias para trabalhar com veículos e com as plataformas?
A gente tem consciência que sozinho não chega a lugar nenhum, então eu tenho uma equipe muito boa, são pessoas dedicadas, altamente preparadas, que querem acertar, querem realmente fazer um belíssimo papel nessa comunicação para o povo brasileiro. Dentro da Secom nós temos várias expertises, entre os vários meios. A gente trabalha rádio, trabalha o jornal impresso, digital, trabalha as próprias plataformas, TV... Eu tenho bem claro que eu não sei de tudo, e sozinho não vou chegar a lugar nenhum, a gente precisa trabalhar muito em conjunto para que consiga vencer esse grande desafio que é se comunicar. Se fosse fácil, os casamentos não terminavam. É a tal da discussão da relação, "vamos discutir a relação" nada mais é do que uma comunicação que precisa ser aprimorada em todo lugar. Temos consciência que aqui a Secom tem muito a evoluir, que nós podemos melhorar bastante, porque o aprimoramento deve fazer parte da nossa vida.
Como é a divisão de tarefas com os ministérios?
Temos no governo federal o que nós chamamos de um sistema integrado de comunicação, formado por toda administração direta e indireta. Esses órgãos têm a sua autonomia na comunicação, cada um tem diretor, a assessoria de comunicação. Alguns ministérios possuem orçamento para uma verba publicitária, não são todos, mas a maioria deles, e no caso específico da Saúde, o ministério é o protagonista das ações publicitárias de comunicação. Todas as campanhas passam pelo crivo da Secom, onde a gente discute com a pasta específica os objetivos, as especificidades daquela comunicação, e fazemos esse acompanhamento bem de perto. E também podemos fazer um complemento, podemos entrar com o papel complementar e atuar mostrando ali a transversalidade com as outras áreas do governo.