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Brasil quer ampliar e diversificar relações com a China, diz Mourão

Vice-presidente disse ainda que a questão ambiental deve ser motivo de cooperação internacional

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vice presidente no Itamaraty em 03 de novembro 2020
• Atualizado em
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O vice-presidente Hamilton Mourão disse, nesta quinta-feira (26.nov), que a questão ambiental deve ser motivo de cooperação internacional, o que não significa "abrir mão de escolhas soberanas de cada país". A afirmação foi feita numa reunião virtual do Conselho Empresarial Brasil-China sobre as bases da estratégia de longo prazo entre os países. 

"Não resta dúvida de que a sustentabilidade se tornou o grande tema do nosso século. Nesse aspecto, o Brasil possui um patrimônio natural inigualável, mas ainda insuficiente mapeado e pouco aproveitado. (...) A transversalidade da temática ambiental deve ser motivo de união e cooperação internacional, o que não significa abrir mão da escolha soberana de cada país, pelo modelo de desenvolvimento que melhor atende aos anseios de suas respectivas populações", declarou Mourão. 

De acordo com o vice-presidente, que preside a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal mecanismo de coordenação da relação entre os dois países, o governo chinês identificou a nova dinâmica da economia mundial, que alia o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental. "As novas estratégias chinesas de economia circular e sustentabilidade representam oportunidades para ampliar e diversificar nossas relaçoes econômicas bilaterais", afirmou.

Mourão destacou que o governo brasileiro está concentrando "esforços para definir a posição estratégica brasileira" no âmbito do processo de reforma da estrutura da Cosban e elaboração do plano de cooperação entre os dois países para os próximos dez anos. 

"A vice-presidência e o Itamaraty vem mobilizando o conjunto do governo com vistas a identificar as prioridades brasileiras para o futuro da parceria com a China. (...) As propostas formuladas para aprimorar a atual estrutura da Comissão, bem como a revisão do plano decenal de cooperação 2012-2021, visam a criação de um novo marco orientador das relações bilaterais ate 2031", pontou, acrescentando que em breve o governo deve divulgar um documento que consolida e analisa as respostas recebidas. 

Troca de farpas

Mais cedo, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, o vice-presidente minimizou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados sobre a China. O parlamentar postou, nas redes sociais, que o Brasil apoia a "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China". A postagem gerou reação da Embaixada da China no Brasil, que afirmou que as declarações são infundadas e "solapam" a relação entre os dois países.

Segundo Mourão, a afirmação de Eduardo Bolsonaro não passa de uma declaração. "Nada mais do que isso. Nós estamos trabalhando de forma objetiva e mantendo contato com a nossa contraparte da China. A Comissão de Relações Exteriores não é governo, é uma comissão parlamentar, que tem outras atribuições", disse,
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