Quase 150 mil estrangeiros receberam auxílio emergencial
Venezuelanos somam 42 mil, seguidos por haitianos, 22 mil e bolivianos, 21 mil
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Foto:Reprodução SBT
Entre os quase 67 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, 149.019 são estrangeiros. Eles já receberam ou continuam a receber os recursos pagos pelo governo federal a fim de ajudar a conter a crise em meio à pandemia da Covid-19. Os venezuelanos são os que mais acessaram os repasses, somando 42 mil pessoas. A maior parte deles imigrou para o Brasil nos últimos meses e anos para fugir das dificuldades econômicas e da repressão do regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Mais de 22 mil imigrantes do Haiti também recebem o dinheiro. O terceiro maior volume de beneficiários vem da Bolívia, com 21 mil pessoas, seguidos pela Colômbia, 6.752, Paraguai, 6.622, e Argentina, 5.903. Além de países da América Latina, há imigrantes vindos da Europa que também recebem a ajuda financeira: Portugal (4.591) e Itália (1.300). E também da África: Angola (2.963), Senegal (2.426) e Nigéria (1.558).
O auxílio emergencial é repassado pela Caixa Econômica Federal. A maioria desses beneficiários estrangeiros recebe os valores por meio do aplicativo Caixa Tem, que conseguiu alcançar pessoas que não tinham conta em nenhum banco brasileiro. O presidente do banco, Pedro Guimarães, disse em entrevista ao SBT NEWS que o governo "não deixará ninguém para trás".
Veja abaixo a tabela:
NACIONALIDADE | QTD BENEFICIÁRIOS |
VENEZUELA | 42.519 |
HAITI | 22.365 |
BOLÍVIA | 21.318 |
COLÔMBIA | 6.792 |
PARAGUAI | 6.622 |
ARGENTINA | 5.903 |
PERU | 5.178 |
PORTUGAL | 4.591 |
URUGUAI | 3.679 |
ANGOLA | 2.963 |
SENEGAL | 2.426 |
CUBA | 2.417 |
CHILE | 2.375 |
NIGÉRIA | 1.558 |
ITÁLIA | 1.300 |
OUTRAS | 17.043 |
TOTAL | 149.019 |
Entrevista
Nesta semana o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, concedeu entrevista exclusiva para o SBT News. O presidente da Caixa diz que o governo busca uma saída para o fim do auxílio emergencial em dezembro. Mas promete: "Os brasileiros terão os benefícios porque não vamos deixar ninguém para trás, como não deixamos". Em entrevista ao SBT News, ele, porém, faz uma ponderação: "Não é razoável pensar que 67 milhões de pessoas continuarão tendo o benefício, porque vários não precisarão mais".
Guimarães deu detalhes de como funcionará o programa de micro-crédito para mais de 20 milhões de brasileiros, que deve começar a valer a partir de fevereiro de 2021. "Essas pessoas, quando precisam tomar crédito, antes pegavam de agiota ou de financeiras a 20% o mês", diz ele. "Nosso objetivo após a pandemia é oferecer para essas pessoas um micro-crédito a taxas muito menores, de 1,5% a 2% ao mês, e que vai ajudar a vida delas no futuro. E uma coisa importante. Essas contas são de graça. Então as contas para as pessoas mais carentes, nós não cobramos tarifas."
Confira na íntegra:
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