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Bolsonaro fala de tolerância, lembra golpe de 64 e não cita covid

Durante pronunciamento de 7 de Setembro, o presidente da República disse que a Independência deu liberdade ao brasileiro

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Bolsonaro fala de tolerância, lembra golpe de 64 e não cita covid
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), não citou a pandemia do novo coronavírus durante pronunciamento em cadeia nacional para o 7 de Setembro. O chefe do Executivo, contudo, citou o golpe militar de 1964 e disse que os brasileiros pró-ditadura tinham "anseios nacionais".  

"Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada", disse. 

Nesta segunda-feira (7 set.), o Brasil chegou a 126.960 mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 310 óbitos e 10.273 diagnósticos. Já são 4.147.794 casos confirmados de Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Em discurso, Bolsonaro afirmou ainda que a Independência do país "nos deu a liberdade para decidir nossos destinos e a usamos para escolher a democracia". "Reitero, como presidente, meu amor à pátria e meu compromisso com a Constituição e com a preservação da soberania, democracia e liberdade", disse.

O presidente da República falou também que a identidade nacional "começou a ser desenhada com a miscigenação entre índios, brancos e negros. Posteriormente, ondas de imigrantes se sucederam, trazendo esperanças que em suas terras haviam perdido". "Com senso de tolerância, os diferentes tornavam-se iguais".

Leia o discurso na íntegra:

Naquele histórico 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, o Brasil dizia ao mundo que nunca mais aceitaria ser submisso a qualquer outra nação e que os brasileiros jamais abririam mão da sua liberdade. 

A identidade nacional começou a ser desenhada com a miscigenação entre índios, brancos e negros. Posteriormente, ondas de imigrantes se sucederam, trazendo esperanças que em suas terras haviam perdido. 

Religiões, crenças, comportamentos e visões eram assimilados e respeitados. 

O Brasil desenvolveu o senso de tolerância, os diferentes tornavam-se iguais. O legado dessa mistura é um conjunto de preciosidades culturais, étnicas e religiosas, que foram integradas aos costumes nacionais e orgulhosamente assumidas como brasileiras.

Passados quase dois séculos da Independência, nos quais enfrentou e superou inúmeros desafios, o Brasil consolidou sua posição no concerto das nações. 

Ainda no século XIX, durante o período do Império, fomos invadidos e agredidos, derrotando a todos. 

Já no século XX, durante a II Guerra Mundial, a Força Expedicionária Brasileira foi à Europa para ajudar o mundo a derrotar o nazismo e o fascismo. 

Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. 

O sangue dos brasileiros sempre foi derramado por liberdade.

Vencemos ontem, estamos vencendo hoje e venceremos sempre. 

No momento em que celebramos essa data tão especial, reitero, como Presidente da República, meu amor à Pátria e meu compromisso com a Constituição e com a preservação da soberania, democracia e liberdade, valores dos quais nosso País jamais abrirá mão. 

A Independência do Brasil merece ser comemorada hoje, nos nossos lares e em nossos corações. 

A Independência nos deu a liberdade para decidir nossos destinos e a usamos para escolher a democracia. 

Formamos um povo que acredita poder fazer melhor. 

Somos uma Nação temente a Deus, que respeita a família e que ama a sua Pátria. 

Orgulho de ser brasileiro."
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