Barcelona e ex-dirigentes do clube são indiciados por suborno
Investigação apura pagamentos indevidos a empresas de ex-vice-presidente do comitê de arbitragem espanhol
SBT News
O indiciamento do Barcelona e dos ex-dirigentes Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell fragilizaram ainda mais a defesa do clube catalão diante da ampla investigação sobre corrupção no futebol espanhol, que acontece desde março deste ano.
O juiz que cuida do caso tratou como "dedução lógica" os argumentos dos promotores, que acusam o Barcelona de fazer pagamentos às empresas do ex-vice-presidente do comitê de árbitros da Espanha, José Maria Enriquez Negreira, em troca de favorecimento ao time em dias de jogos. Segundo os investigadores, os repasses indevidos foram feitos ao longo de 17 anos, entre 2001 e 2018, quando Negreira ocupava o cargo de dirigente. O valor somado é de 7,6 millhões de euros, o equivalente a R$ 40 milhões.
O processo ainda apura se houve delitos de corrupção, falsa administração e falsificação de documentos. Além dos ex-dirigentes, do clube e de Negreira, o filho do ex-vice-presidente do comitê de árbitros também é investigado. Os indiciados alegam que os pagamentos foram feitos para aquisição de relatórios técnicos sobre a arbitragem -- e não para comprar os árbitros.
A Guarda Civil espanhola esteve, nesta quinta-feira (28.set), na sede da Real Federação Espanhola de Futebol para apreender documentos ligados ao caso. Segundo a imprensa local, o objetivo era encontrar atas de reuniões do comitê de arbitragem, que possam ajudar a revelar o papel de Negreira e a influência dele nas decisões tomadas enquanto dirigente.
O Barcelona não deverá perder títulos conquistados na época porque o caso já prescreveu. Mas as sanções podem vir da UEFA, a federação europeia de futebol, como, por exemplo, a exclusão da equipe das próximas competições continentais.
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