"Toda violência precisa ser superada", afirma presidente do TSE sobre crimes eleitorais, em balanço do 1º turno
Cármen Lúcia avalia que inquéritos da PF devem indicar origens do problema e mostrar melhor forma de combater compra de votos e insegurança eleitoral
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, fez um balanço positivo do primeiro turno das Eleições 2024, na noite deste domingo (6), mas destacou a a necessidade de se coibir a violência e os crimes eleitorais.
"Toda violência contrária ao direito precisa ser devidamente superada para que a gente tenha calmaria nas eleições", afirmou Cármen Lúcia.
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Candidatos mortos, ameaças, envolvimento de facções na disputa e coagindo eleitores e candidatos, ataques e uso indevido da internet foram alguns dos casos que marcaram a disputa eleitoral deste ano e ganharam destaque no noticiário.
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A PF abriu 93 inquéritos policiais de crimes eleitorais neste domingo (6), de um total de 300 ocorrências no país. Outras 34 ocorrências ainda se encontram em andamento.
Era 21 horas - 98% das urnas estavam apuradas - quando a presidente do TSE, junto com os demais ministros, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Ribeiro, fez um balanço final do 1º turno, em entrevista à imprensa.
"Temos um final de domingo eleitoral sem maiores sobressaltos, sem ocorrências, que não sejam algumas que podem ser levadas no efeito das emoções exacerbadas, em determinadas condições. Mesmo isso, é precisa que, cada vez mais, a gente se tranquilize e tenha ao final de domingo sem sequer essas ocorrências", ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE.
Apesar dos registros, o balanço feito pela presidente do TSE foi de um primeiro turno tranquilo".
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"O Brasil vai dormir sabendo em todos os municípios e estados da federação, os eleitos. Temos um final de domingo eleitoral sem maiores sobressaltos", disse Cármen Lúcia.
A PF prendeu 415 eleitores neste domingo de votação por prática de crimes eleitorais. "As principais infrações combatidas pela instituição neste domingo foram propaganda irregular e corrupção eleitoral."
Para a ministra, a violência é alvo de investigações, que servirão para apontar os caminhos do combate para as próximas eleições. Ela falou ainda das apreensões de dinheiro - foram mais de R$ 21 milhões em espécie ligados a crimes eleiutorais neste ano.
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Cármen Lúcia defendeu que se faça um "aprimoramento" das leis, regras e mecanismos de Estado para se combater os crimes e a violência eleitoral.
Segundo ela, o núcleo integrado de segurança eleitoral criado no TSE vai passar a analisar os inquéritos e trabalhar para indicar a origem do problema, em especial sobre a compra de votos.
"Teremos, a partir daqui, a possibilidade de fazer a comparação entre o que se apurou, quais as causas e principalmente quais as proposições são necessárias para que se evite que volte a acontecer."