Fórum Brasileiro de Segurança Pública pede apuração rápida e esclarecedora
"PRF não é órgão de governo, que pode ser manipulado e usado ao bel prazer de interesses eleitorais", diz

Rafaela Vivas
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública cobrou uma "apuração rápida e esclarecedora" sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal em várias cidades brasileiras, neste domingo (30.out), segundo turno das eleições presidenciais.
Por meio de nota a entidade afirmou que "considera gravíssima a atuação da Polícia Rodoviária Federal, que realizou mais de 560 operações de fiscalização neste domingo de eleição e prejudicou milhares de pessoas".
O Fórum frisou ainda que a PRF "não é um órgão de governo, que pode ser manipulado e usado ao bel prazer de interesses eleitorais, mas um órgão de Estado, que representa todos os brasileiros".
No documento o Fórum também prestou solidariedade aos agentes da corporação que não compactuam com as ações da PRF, e diz que alguns profissionais "foram obrigados a seguir ordens de superiores hierárquicos".
A nota é uma resposta às ações da Polícia Rodoviária Federal que realizou operações em vários estados, principalmente em cidades da região Norte e Nordeste. Os agentes fizeram blitz em ônibus que faziam o transporte público de eleitores.
Vídeos que circularam durante todo o dia nas redes sociais mostraram eleitores se queixando das fiscalizações e bloqueios da polícia. Segundo as denúncias, as ações intimidaram e atrapalharam o trânsito dos eleitores às urnas.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a interromper imediatamente as ações de fiscalização. Em coletiva no TSE, na tarde deste domingo (30.out), Moraes garantiu que a ação da PRF não impediu "o exercício do voto".