Diretor da PRF comunica ao TSE que operações foram suspensas
Silvinei Vasques se reuniu com Alexandre de Moraes, no início da tarde, e explicou que polícia não impediu transporte
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, comunicou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que as blitze realizadas em estradas federais neste domingo (30.out) com foco em transporte de eleitores foram suspensas.
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Vasques se reuniu com Moraes no início da tarde, no TSE, e explicou que as ações de fiscalização feitas pela PRF receberam orientação prévia para que elas não fossem conflitantres com a ordem dada neste sábado (29.out) para que as polícias não realizassem operações que pudessem interferir nas eleições.
O diretor-geral da PRF explicou ainda a Moraes que as blitze não houve o retorno de qualquer um dos veículos e ônibus fiscalizados para seu local de origem.
Moraes, em entrevista coletiva concecida à imprensa por volta das 15h30, afirmou que o TSE determinou a suspensão das operações da PF para "evitar manipulação da polícia". A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o tribunal para eventual uso político da polícia pelo governo.
Ele confirmou ter ouvido de Vasques que a PRF emitiu uma ordem de serviço para que houvesse as blitez, "desde que não fosse conflitante com a determinação do TSE". Pela manhã e no início da tarde, diversos casos de abordagem policial foram relatados e divulgados, em especial por aliados do PT.
A PRF divulgou uma nota de esclarecimento, em que informou que determinou aos superintendentes nos estados "o fiel crumprimento da aludida decisão". "Na Operação Eleições 2022 - 2º turno, a PRF já realizou a escolta de 794 urnas e apreendeu R$ 4,5 milhões em 12 ocorrências, assim como reforçou o policiamento em todo o território nacional, a fim de garantir a segurança no trânsito nas rodovias federais."
O presidente do TSE afirmou que haverá uma apuração "caso a caso". Moraes disse ter ouvido que "foi uma questão de interpretação" errada. "Esses ônibus, em nenhum momento retornaram à origem", disse Moraes, sobre a reunião com Vasques. Ele afirmou que se confirmada irregularidade nas ações da PRF, os envolvidos podem ser acusados por abuso de autoridade.
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) divulgou uma nota em que informa que está "acompanhando atentamente os desdobramentos das denúncias". "A FenaPRF está acompanhando atentamente os desdobramentos das denúncias de que PRFs estariam, por ordem direta do Departamento, atuando em operações que afetam transporte de eleitores neste domingo."
A nota informa que a FenaPRF "defende o estrito cumprimento de dever legal por parte de cada PRF e reafirma que ordem judicial não se discute, se cumpre! A FenaPRF reafirma seu compromisso com a democracia e com o Estado Democrático de Direito."
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