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Cade pede abertura de inquérito contra institutos de pesquisa

Presidente do órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, fala em possível ação orquestrada

Cade pede abertura de inquérito contra institutos de pesquisa
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O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) -- órgão vinculado ao Ministério da Justiça -- , Alexandre Cordeiro Macedo, determinou a instauração de inquérito administrativo para apurar uma possível combinação entre institutos de pesquisa, com o intenção de manipular o mercado e os consumidores.

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O suposto crime seria de infração da ordem econômica, por prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa em acordo com concorrentes.

Segundo o presidente do Cade, a diferença entre as pesquisas e o resultado das urnas aponta indícios de que os erros façam parte de uma ação orquestrada dos institutos de pesquisa na forma de cartel. Macedo diz ainda que é pouco provável que a grande quantidade de pesquisas errando no mesmo sentido seja fruto de mero acaso.

"Chamou a atenção deste Conselho a grande diferença apresentada entre as pesquisas e o resultado das eleições publicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A discrepância das pesquisas e do resultado é tão grande que verificam-se indícios de que os erros não sejam casuísticos e sim intencionais por meio de uma ação orquestradas dos institutos de pesquisa na forma de cartel para manipular em conjunto o mercado e, em última instância, as eleições", afirma no documento.

Ele ainda diz que, "os fatos supostamente ilícitos, se assim comprovados, configuram também crime contra a ordem econômica conforme disposto no art. 4º, da Lei nº. 8.137/1990, devendo o Ministério Público Federal tomar conhecimento deste despacho e da investigação a ser aberta para que, caso entenda conveniente, adotar as medidas cabíveis para a persecução penal".

Confira a íntegra do pedido: 

O que dizem os institutos

Em nota, o Datafolha informou que está aguardando a avaliação do departamento jurídico da empresa e disse que não vai se manifestar por enquanto.

Já a CEO do Ipec, Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, Márcia Cavallari, afirmou que lamenta a iniciativa do Cade. Enfatizou que a empresa é independente, não tem ligação com grupo econômico e é pautada por princípios éticos.

Confira a íntegra da nota do Ipec: 

Ipec lamenta mais essa iniciativa contra os institutos de pesquisa, que apenas cumprem o seu papel de mensurar a intenção de voto do eleitor, baseado em critérios científicos e nas informações coletadas no momento em que as pesquisas são realizadas. As variações entre as pesquisas e o resultado das urnas no 1º turno da eleição presidencial coincidirem em quase todos os institutos apenas demonstram a adoção de princípios estatísticos e modelos que suportam a atividade de pesquisa. Além disso, o Ipec é uma empresa de capital privado e que atua de forma independente, sem ligação alguma com qualquer grupo econômico ou com qualquer outra empresa de pesquisa, pautando a sua conduta profissional e empresarial em princípios éticos, razão pela qual o Ipec repudia veementemente ações baseadas em teorias que querem confundir e induzir a sociedade à desinformação, com o claro propósito de desestabilizar o andamento das atividades de pesquisa.

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