Bolsonaro nega envolvimento em afastamento de governador apoiado por Lula
Presidente disse desconhecer motivo, e que costuma ligar para Anderson Torres após operações com políticos
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O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse não saber os motivos que fizeram o Superior Tribunal de Justiça a afastar o governador Paulo Dantas, de Alagoas. Ele é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta 3ª feira (11.out). Em conversa rápida com a imprensa na chegada a Santa Catariana durante a manhã, o presidente disse que não estava sabendo sobre a decisão porque o sinal de internet no avião que ele fez o trajeto entre Brasília e Balneário do Camboriú (SC) estava ruim e que, por isso, não tinha informações detalhadas sobre o caso.
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O afastamento aconteceu por causa de denúncias envolvendo Dantas sobre o período em que ele era deputado e também ações da atual gestão no Executivo. Entre as suspeitas, existe uma investigação sobre a prática do uso de funcionários fantasmas no gabinete do político. A operação cumpriu mais de 30 mandados de busca e apreensão.
O emedebista virou governador em maio deste ano para um mandato tampão após Renan Filho, também do MDB, deixar o cargo para disputar uma vaga ao Senado. O afastamento do governador tem prazo de 180 dias. O político disputa o segundo turno da eleição para o governo de Alagoas. Ele recebeu 46.64% dos votos válidos, enquanto que o adversário, Rodrigo Cunha, do União Brasil, apoiado por Arthur Lira, teve 26,74%.
Dantas é apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB), que na disputa presidencial está com Lula. A família Calheiros é inimiga declarada do presidente Jair Bolsonaro. Durante a CPI da Pandemia, o senador foi o relator da apuração feita pelo Congresso sobre a gestão federal no combate à covid.