Lewandowski arquiva pedido de Bolsonaro pela suspeição de Moraes

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski arquivou nesta 6ª feira (30.set) o pedido do presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), para afastar o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, do julgamento de uma ação contra ele. O mandatário argumentou parcialidade, em razão de um gesto que simula degola, feito por Moraes durante sessão plenária da Corte Eleitoral, na última 3ª (27.set). Na ocasião os ministros analisavam a proibição de Bolsonaro fazer lives eleitorais no Palácio da Alvorada, a residência oficial da presidência.

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Lewandowski avaliou que que a ação é "completamente destituída de fundamentação jurídica e, ademais, desprovidas de qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade do indigitado magistrado". Na decisão, o vice-presidente do TSE ainda advertiu a conduta de Bolsonaro ao propor à ação. Ressaltou que o presidente pretende "criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral".

No dia da sessão, após repercussão do gesto do ministro, Moraes informou que o episódio não tinha nenhuma relação com a ação de Bolsonaro. O magistrado explicou que fazia uma brincadeira com um assessor que tinha demorado a entregar uma informação solicitada. 

Nesta 5ª feira (29.set), Bolsonaro voltou a atacar Moraes. Chamou o ministro de "moleque" e disse que ele promove "baixarias". Ao comentar sobre a ação que pedia a suspeição do ministro pelo gesto na sessão do TSE, o presidente afirmou que Moraes quer afastá-lo do contato popular.  "O cara tá ali na mesa, conduzindo um processo eleitoral, onde tá em jogo a liberdade do povo brasileiro, onde tá em jogo o futuro de cada um de nós, dos nossos filhos. Ele vai pra brincadeira? É tudo medida pra tentar me tirar do contato popular", disse Bolsonaro.

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