Lula promete Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 por filho, se eleito
Em entrevista ao SBT, ex-presidente falou sobre propostas e firmou compromisso por reforma tributária
SBT News
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, se eleito, vai retomar o Bolsa Família no valor de R$ 600 -- o mesmo pago hoje pelo Auxílio Brasil --, além de um acréscimo de R$ 150 por cada filho de até 6 anos de idade dos beneficiários. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao SBT nesta 3ª feira (27.set).
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Na entrevista, Lula disse que o Bolsa Família é diferente do Auxílio Brasil, porque esse não é "apenas uma distribuição de dinheiro". "É um programa que tem condicionantes. Para a mulher receber o Bolsa Família -- e todo cartão será no nome da mulher --, ela tem que colocar os seus filhos em idade escolar na escola, tem que dar as vacinas todo ano na criança e, se ela estiver grávida, tem que fazer todos o exames que a medicina exige de uma mulher grávida", elencou. Acrescentou que o programa vai "perdurar até o tempo que a gente conseguir gerar o emprego necessário para que o Brasil não precise mais de auxílio. Para que as pessoas possam viver às custas do trabalho".
Questionado sobre a viabilidade da proposta, o candidato do PT ao Planalto atacou seu principal oponente, o presidente Jair Bolsonaro (PL): "O presidente mentiu algumas vezes porque, primeiro ele queria o salário emergencial de R$ 200. O Congresso Nacional é que queria R$ 600. Depois ele foi de R$ 600, depois abaixou para R$ 400. Quando chega o processo eleitoral, ele, então, pensando que o povo é bobo, resolveu aumentar para R$ 600 e disse que só ia até dezembro. Aí ele descobriu a 'rata' que ele cometeu e disse que vai continuar. Só que ele não colocou nas diretrizes básicas, que é o Orçamento".
Tributos
Lula também disse ter um "compromisso" de fazer uma reforma tributária, caso eleito. "A verdade é que hoje paga muito Imposto de Renda quem desconta na fonte. Aqueles que vivem de renda, que vivem de lucro, que vivem de dividendos não pagam Imposto de Renda. E a sonegação no Brasil é muito grande", afirmou. "Nós vamos ter que fazer uma reforma tributária no Brasil, uma reforma que tem que passar por debate com empresários, com políticos, com sindicalistas, porque tem que ser uma vontade da sociedade majoritariamente", completou.
Sobre o teto do ICMS para combustíveis, o ex-presidente afirmou que, caso vença as eleições, não pretende discutir o imposto, que é estadual: "O governador cuida dos seus impostos". Como alternativa para reduzir o preço da gasolina, citou a política de paridade internacional e, mais uma vez, atacou Bolsonaro: "Nós precisamos ter um preço da gasolina justo. A Petrobras faz prospecção de petróleo em real. Ela refina em real. Ela precisa então que o preço seja em real. Quando eu era presidente em 2008, na crise econômica, o barril de petróleo chegou a R$ 147 dólares e a gasolina nesse país era R$ 2,60. Ele [Bolsonaro] não teve foi coragem de contradizer a direção da Petrobras. Ele se acovardou diante da Petrobras, diante dos acionistas estrangeiros e minoritários da Petrobras".
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