Candidatos a presidente falam sobre o Bicentenário da Independência
Lula escreveu que este 7 de Setembro não é "um dia de amor e união pelo Brasil"
Guilherme Resck
Pelo menos oito candidatos à Presidência da República se pronunciaram sobre o Bicentenário da Independência do Brasil, nesta 4ª feira (7.set). Além do presidente Jair Bolsonaro (PL), que, pela manhã, convocou a população a participar das comemorações do Bicentenário e disse que "o povo brasileiro hoje está indo às ruas para festejar 200 anos de independência", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), a senadora Soraya Thronicke (União-MS), o cientista político Felipe D'Avila (Novo), a cientista social Vera Lúcia (PSTU) e a doutora em história econômica Sofia Manzano (PCB) fizeram declarações.
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Lula, que é líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, escreveu no Twitter: "200 anos de independência hoje. 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil. Infelizmente, não é o que acontece hoje. Tenho fé que o Brasil irá reconquistar sua bandeira, soberania e democracia". Ainda na publicação, incluiu um vídeo com momentos em que o Hino Nacional foi cantado, de diferentes eventos nos quais participou.
Ciro, por sua vez, compartilhou um vídeo no qual aparece falando à frente da bandeira do Brasil, enquanto o Hino é tocado. "O Brasil e os brasileiros merecíamos comemorar os 200 anos da nossa independência vivendo dias bem melhores. Porém, mesmo com os dramas e ameaças que nos cercam, não podemos perder a fé e a esperança nesse nosso país tão lindo. O Brasil é muito maior do que qualquer problema e tem solução para qualquer tipo de dificuldade. Acreditem, só uma porta de saída para tudo isso e essa porta de saída é a política", fala na gravação. No post, acrescentou: "Viva o 7 de Setembro! E que Deus nos abençoe para que nada nem ninguém sejam capazes de roubar a nossa paz e a nossa liberdade - neste dia ou em qualquer momento da nossa história. Vamos em frente, com a mais profunda esperança de que encontraremos, juntos, um novo caminho".
Simone Tebet também se pronunciou pelo Twitter. "Às margens do rio Ipiranga, nascia um sonho de liberdade. De um novo Brasil, independente, de todos e para todos. 200 anos se passaram, e vemos que a independência ainda é um sonho a ser atingido. Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. Comida na mesa, educação de qualidade, emprego, renda e lazer. Neste 7 de setembro, reafirmo nosso compromisso em reduzir as desigualdades, erradicar a miséria e acabar com a fome. Vida digna a todos! Com amor e coragem, vamos mudar o Brasil de verdade!", escreveu.
200 anos de independência hoje. 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil. Infelizmente, não é o que acontece hoje. Tenho fé que o Brasil irá reconquistar sua bandeira, soberania e democracia. Bom dia.
? Lula 13 (@LulaOficial) September 7, 2022
?: @ricardostuckert pic.twitter.com/52gk00b2Ht
Viva o 7 de Setembro! E que Deus nos abençoe para que nada nem ninguém sejam capazes de roubar a nossa paz e a nossa liberdade - neste dia ou em qualquer momento da nossa história. Vamos em frente, com a mais profunda esperança de que encontraremos, juntos, um novo caminho. pic.twitter.com/N9YD3AJEyu
? Ciro Gomes 12 (@cirogomes) September 7, 2022
Às margens do rio Ipiranga, nascia um sonho de liberdade. De um novo Brasil, independente, de todos e para todos. 200 anos se passaram, e vemos que a independência ainda é um sonho a ser atingido. Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. +
? Simone Tebet (@simonetebetbr) September 7, 2022
Felipe D'Avila disse que a data é "emblemática" e pertence a todos os brasileiros. "Falar de Independência, aliás, é falar de liberdade. E o que queremos para nosso país é que cada cidadão possa exercer sua Liberdade com responsabilidade. Isso só será possível com emprego e renda para todos; com um Estado que pese menos sobre os ombros do cidadão. Não esqueça: o poder está nas nossas mãos! Podemos escolher um Brasil livre de verdade! Ou podemos seguir reféns do populismo que nos prende e acorrenta", acrescentou.
Soraya Thronicke, em vídeo no qual aparece vestida de amarelo, relembra ser uma das cores da bandeira do Brasil e afirma que "significa prosperidade e riqueza". "Muito diferente do que a gente está vendo por aí, do que a gente está vendo pelos quatro cantos do país, que é fome, desalento, desemprego, desespero. Pior do que o ódio, é o medo que estão tentando implantar em nós. Nada de medo, vamos juntos todos, porque o Brasil é nosso, as cores são nossas, a bandeira é nossa". Na publicação da gravação, fala também que a população não pode "admitir que sequestrem os nossos símbolos, e nossa esperança. Nem que façam do Dia da Independência uma data eleitoreira. A bandeira é nossa!".
Sofia Manzano compartilhou uma imagem em que, sobre o mapa do Brasil, aparece a escrita: "A verdadeira independência virá da nossa luta contra quem nos oprime e explora!". Ela participa do 28° Grito dos Excluídos, no Rio de Janeiro. Já Vera Lúcia escreveu no Twitter que a independência no Brasil "foi feita em um conchavo das classes privilegiadas a despeito da luta dos escravos e do povo brasileiro". "Tanto é assim que fomos de colônia para império com os mesmos herdeiros portugueses governando. "De lá pra cá, ainda que formalmente independentes, seguimos subjugados e semi colonizados seja pelos portugueses, ingleses ou os EUA e demais países ricos, que sugam nossas riquezas atráves das suas multinacionais e bancos e enviam a maior parte para fora do país", completou.
Conforme ela, para o país não viver "subjugado economicamente e politicamente pelos países ricos, precisamos de governo operário e socialista que acerte as contas com a grande burguesia nacional e estrangeira, herdeira dos escravocratas, que lucram as custas do sofrimento do nosso povo". O técnico de mecânica Léo Péricles, presidenciável da Unidade Popular (UP), participou do Grito dos Excluídos, em São Paulo, nesta 4ª feira.
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