TSE estuda ampliar teste dos códigos-fontes de urnas fora do tribunal
Universidades participaram de projeto-piloto e atestaram a segurança dos sistemas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda ampliar o número de entidades que podem fazer a inspeção dos códigos-fontes das urnas eletrônicas em seus próprios laboratórios, ou seja, fora das dependências da Corte. Neste ano, um projeto-piloto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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"O nosso desejo é disponibilizarmos, futuramente, para ainda mais instituições para que elas possam fazer essa verificação nos seus laboratórios, in loco, nas suas dependências", afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente.
O secretário explicou que o "retorno da parceria" foi a elaboração dos relatórios das universidades sobre a verificação que realizaram. "Esses relatórios, é bom que fique bem ressalvado, eles não identificaram nenhuma vulnerabilidade importante, nenhuma fragilidade importante", destacou Valente em coletiva de imprensa no encerramento da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais.
Como explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, os estudos das duas universidades atestaram a segurança dos sistemas.
Representantes da UFPE destacaram no parecer que elaboraram que acreditam que o estudo realizado pela instituição "contribuiu para a avaliação e validação da qualidade do software usado nas eleições no Brasil, para termos eleições rápidas, seguras e confiáveis".
"Nenhum dos estudos desenvolvidos identificou problemas que comprometam o funcionamento do software analisado ou que demandem correções ou alterações na versão do software prevista para uso no ciclo eleitoral corrente"
Relatório da UFPE
A Unicamp também realizou a análise. Ao SBT News, o professor Ricardo Dahab, da equipe da instituição, ressaltou o resultado da avaliação. "O que pudemos analisar, nós analisamos, e nada encontramos", concluiu.
"Nada foi encontrado que possa colocar em dúvida a integridade e confiabilidade do código-fonte da urna eletrônica brasileira nos aspectos que compõem o objeto do presente trabalho"
(Relatório da Unicamp)
Além do projeto-piloto para teste dos códigos-fontes fora das dependências do TSE, a Universidade de São Paulo (USP) também foi parceira do Tribunal para uma outra iniciativa que foi a verificação do modelo UE2020 da urna. A equipe da USP detalhou o resultado dos testes com o equipamento:
"Tendo passado por esse conjunto de testes sem que qualquer vulnerabilidade ou falha tenha sido identificada, pode-se inferir que a urna eletrônica modelo 2020 preserva todas as proteções existentes nos modelos anteriores das urnas eletrônicas dotadas de hardware de segurança"
(Relatório da USP)
Os relatórios estão disponíveis no site do TSE com o detalhamento dos testes e as conclusões das equipes das três universidades.