Especialista aponta horário eleitoral na TV como chance de 'furar bolha'
Inserções de presidenciáveis começam a ser veiculadas neste sábado; cientista político avalia estratégias
Os candidatos à Presidência da República estreiam na propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na televisão neste sábado (27.ago). Na avaliação do cientista político, Valdir Pucci, as inserções são oportunidades de os postulantes falarem para um público que não conseguem atingir na internet, ainda que as redes sociais tenham papel relevante.
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As propagandas começaram a ser veiculadas na 6ª feira (25.ago) com os candidatos a deputado estadual ou distrital, senador e governador. Neste sábado, terão início as inserções de candidatos a presidente e deputado federal.
Em uma comparação com 2018 sobre o peso da propaganda eleitoral, Pucci destaca que, no pleito daquele ano, nem todos os candidatos estavam preparados para usar a internet. "Em 2022, não temos mais amadores nas campanhas na internet", analisou. Ele ressalta que nas redes sociais os candidatos falam para os "convertidos", ou seja, para quem já decidiu o voto. Por isso, enfatiza a importância do horário eleitoral gratuito.
Para o pleito deste ano, a coligação Brasil da Esperança, de partidos que apoiam o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, terá 1 minuto a mais de tempo de propaganda do que a coligação Pelo Bem do Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição pelo PL:
- Coligação Brasil da Esperança (13): 3 minutos e 39 segundos / 287 inserções
- Coligação Pelo Bem do Brasil (22): 2 minutos e 38 segundos / 207 inserções
De acordo com Valdir Pucci, o tempo a mais faz diferença, mas o candidato precisa saber usá-lo e o foco deverá ser a busca do voto dos indecisos. "Não há muita margem para viradas de votos", completou o cientista político em entrevista ao programa Agenda do Poder.
Saiba como ficou a divisão das inserções
Para o primeiro turno, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o seguinte esquema:
- Presidente da República: às terças, quintas e sábados, das 7h às 7h12m30 e das 12h às 12h12m30, em rádio; e das 13h às 13h12m30 e das 20h30 às 20h42m30, em televisão;
- Governador de estado ou do DF: às segundas, quartas e sextas, das 7h15 às 7h25 e das 12h15 às 12h25, em rádio; e das 13h15 às 13h25 e das 20h45 às 20h55, em televisão;
- Senador: às segundas, quartas e sextas, das 7h às 7h05 e das 12h às 12h05, em rádio; e das 13h às 13h05 e das 20h30 às 20h35, em televisão;
- Deputado federal: às terças, quintas-feiras e aos sábados, das 7h12m30 às 7h25 e das 12h12m30 às 12h25, em rádio; e das 13h12m30 às 13h25 e das 20h42m30 às 20h55, em televisão;
- Deputado estadual e distrital: às segundas, quartas e sextas-feiras, das 7h05 às 7h15 e das 12h05 às 12h15, em rádio; e das 13h05 às 13h15 e das 20h35 às 20h45, em televisão.