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"Queremos mudar a política do toma lá dá cá", diz Antonio Jorge

Candidato ao governo de São Paulo pelo DC comentou sobre propostas políticas ao SBT News

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Antogio Jorge tem 69 anos e concorreu no pleito de 2018 para deputado estadual | Divulgação
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Entre os candidatos ao governo de São Paulo está o advogado Antonio Jorge (DC), que forma chapa pura com Vitor Rocca, de 69 anos. Em entrevista ao SBT News, o político, natural da capital paulista, afirmou que as principais propostas de governo incluem investimentos em segurança, educação e saúde, bem como uma maior atenção à iniciativa privada.

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Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Quais são as principais propostas da sua candidatura para o eventual governo?  
São Paulo, o maior Estado da Federação, né? É grande e são grandes também os problemas que estamos vivenciando: saúde, filas para cirurgias que está um absurdo, educação, segurança, violência, muito flagrantes, estupro, assassinato, sequestro e desemprego. São situações que realmente chamam atenção e a gente quer acatar isso, ajudando o Estado de São Paulo a ser a alavanca do Brasil. 

Qual é o norte da sua campanha? A principal mensagem?  
Olha, eu venho aqui também com uma mensagem de democrata cristão, um partido limpo, um partido que defende a família, um partido conservador. Eu penso assim também. Queremos fazer um trabalho diferente na política, fazer uma política com P maiúsculo, porque a política é a arte e ciência de resolver os problemas das pessoas. E nós estamos vendo uma ideologia, um ataque pessoal, e a política não pode se ter essa divisão, temos que nos reunir para enfrentar os problemas que são tantos no Estado de São Paulo. Então é isso, vamos fazer um trabalho muito forte, iniciativa privada, com bastante experiência em gestão. Vamos equacionar o orçamento, ver onde temos gargalos para que possa, com orçamento e redução, resolver esses problemas principais do Estado de São Paulo. A gente pede para os eleitores repensem. Nós estamos há 30 anos com o mesmo partido, passando de um amigo para outro, tem que acabar com isso. Tem que haver mudança, e esse também é o nosso discurso para a campanha de 2 de outubro.  

Qual é o maior desafio que o senhor acha que vai enfrentar?  
O desafio, além dos problemas que a cidade enfrenta, é logicamente o de campanha, porque somos uma campanha menor, mas um partido limpo. Tempo de televisão mínimo, candidatos fortíssimos, nós não vamos denegrir ninguém, mas a situação que sabemos do Estado precisa ser dita. Um candidato que foi prefeito de São Paulo com uma péssima avaliação. Será que o povo vai querer um ex-prefeito mal avaliado para tomar conta do Estado? O outro candidato é aquela continuidade que falamos de 30 anos e o outro  candidato é imposto pelo presidente. Então é isso que a gente quer trazer de novidade para São Paulo, gente daqui, o vice também é do Interior, eu sou de Taubaté do Vale da Paraíba. A gente vem com essa mudança, com essa renovação para poder fazer a diferença em São Paulo.  

O que o senhor vai fazer, em caso de vitória, assim que assumir o Palácio dos Bandeirantes? 
Olha, nós precisamos, utilizar essas "PPP" (Parcerias Públicas e Privadas), obter mais obras, essas questões que desenvolvem infraestrutura na capital, pois vai dar empregos, vai gerar renda. Queremos fazer isso, ampliar a malha ferroviária, trazer isso de volta para São Paulo, porque a ferrovia é comprovadamente mais econômica, vai tirar de circulação o trânsito em São Paulo. Hoje, a questão urbana de mobilidade é complicada, então vamos jogar pesado na questão de trazer a ferrovia de volta. Uma das propostas sérias é essa, uma das questões, tem muita coisa. A cracolândia não pode ficar mais, é um absurdo. Tem muita coisa ainda. Lógico, tomando posse ninguém sabe de tudo, mas tem que ter equipes preparadas de técnicos e especialistas de cada área, gargalos e problemas, e adequar orçamento buscando redução de imposto que foi feito agora no ICMS e que deu resultado. Tem que fazer aquilo que não foi feito ainda. Parar de procurar só voto e trazer a política para resolver os problemas da população.   

O que é possível fazer com tão pouco tempo de propaganda eleitoral?
Sem dúvida, isso é inevitável, mas tem o avanço da tecnologia e redes sociais. Tanto é que a maioria das campanhas hoje terão como base as redes sociais, facebook, instagram, enfim, é neste sentido que estamos preparando a campanha. E muito na rua, conversando com as pessoas. Tem que ter humildade, ouvir quem tem os problemas. É aí que você fica sabendo os problemas, o que incomoda as pessoas. Então vou fazer muito isso, corpo a corpo. Já estamos programando na Baixada com o presidente Eymael, vamos fazer no Vale da Paraíba, na minha região também, uma caminhada  com as pessoas exatamente para superar a questão com o tempo curto da TV e fazer um trabalho forte nas redes sociais.

Qual é o principal objetivo da sua candidatura, já que é pouco provável ou muito difícil a possibilidade de vitória?  
O principal objetivo é trazer novidade para política que estamos vivendo a anos, a questão política no Brasil, não teria tempo suficiente para falar aqui. Eu sou contra o voto obrigatório, eu acho que as candidaturas deveriam ser independentes de partido, você dar mais abertura para política, e é isso que nós vamos fazer. Eu quero levar nestes dias de campanha as propostas que estamos falando aqui, mas também uma voz de mudança, a população está descontente com a questão da mudança, então precisa votar em pessoas que tenham palavras de mudanças, os deputados, alguém que tenha afinidade, que vá lá no Congresso e votem em leis que realmente modernizem a política, que mude a maneira de fazer política do toma lá dá cá. Não podemos mais conviver com isso. Gente nova, mudança, fazer uma nova política. 

O senhor já sabe, por exemplo, qual encaminhamento pode ter, caso venha ter segundo turno, e o senhor não esteja nele?  
Estamos conversando exatamente esse aspecto com o partido. O partido tem toda sua chapa para presidente, o Eymael, o senador, eu como governador, a chapa dos deputados estaduais e federais. Temos que depois, logicamente num segundo turno, reunir o partido e ver qual é o melhor caminho dentro daquela filosofia da democracia cristã. 

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