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Eleições

Entenda como são realizadas as pesquisas eleitorais

Levantamentos são feitos presencialmente e por telefone

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Neste ano de eleição, 14 institutos já divulgaram 85 pesquisas de intenção de voto. Diante de tanta informação, o eleitor pode até ficar confuso. Para explicar esse universo de metodologia e estatísticas, o SBT Brasil foi procurar quem entende do assunto.

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Pesquisa eleitoral é uma fotografia do momento, mas o voto é que conta. Ao longo das últimas décadas de eleições democráticas no país, essa frase é repetida pelos políticos, principalmente quando aparecem em desvantagem.

Eles têm razão. O eleitor pode mudar de ideia, de opinião até na "hora H", quando registra o voto na urna, e principalmente ao longo da corrida eleitoral, quando são feitas as pesquisas que, aliás, têm mais de uma metodologia. Isso explica os números diferentes nos variados levantamentos.

Basicamente, as sondagens de intenção de voto são presenciais, com o entrevistador fazendo as perguntas face a face com o eleitor, em casa ou na rua, ou então por telefone, que pode usar entrevistador, mas principalmente, robôs. Temos divulgado nos SBT Brasil, pesquisas de três institutos: Datafolha, que faz entrevistas em pontos com fluxo de pedestres. Ipec, que vai em domicílio, e PoderData, que usa a sondagem telefônica. 

Nessa ultima, o eleitor digita no telefone de acordo com as opções oferecidas. é rapido e mais barato, defende o diretor da Poderdata, que vem fazendo sondagens sobre a disputa ao planalto por esse método: "a gente tem um discador que começa a ligar pra vários números do Brasil inteiro, seja de capital ou do interior. A gente só usa entrevistas que são feitas do começo ao fim. Isso implica em torno de aproximadamente 100 mil ligações feitas pra chegar em 3 500 entrevistas completas", diz Rodolfo Costa Pinto.

Os especialistas veem prós e contras. "As telefônicas, por exemplo, não conseguem entrevistar pessoas que não têm telefone. Essas pessoas representam pelos menos 4% da população brasileira. Por outro lado, a presencial ela tem dificuldade de entrevistar pessoas que moram em domicílios que tem porteiro, e também no sentido mais amplo têm dificuldade de favelas onde tem o crime organizado", diz Neale Ahmed El-Dash, especialista em estatística

Estudos também mostram que o eleitor, muitas vezes envergonhado com sua escolha, prefere responder no telefone. Isso aconteceu nos Estados Unidos em 2016. A pesquisa telefônica captou mais votos a favor de Donald Trump que a presencial.

As pesquisas usam uma amostra do eleitorado, que precisa ser cientificamente representativo de todos nós, segundo os dados do IBGE. "Para saber como o brasileiro pensa ele tem que refletir a diversidade regional, a identidade de gênero, uma proporção de mulheres, uma proporção de homens, a diversidade de idades", diz o jornalista de dados Marcelo Soares, diretor da Lagom Data, que oferece um agregador de pesquisas.

O agregador reúneM numa espécie de linha do tempoM a média de todas as pesquisas, e identifica tendências. "Cada vez que sai uma pesquisa nova a gente vê um novo dado que é diferente da outra pesquisa, a gente não consegue entender bem o que está acontecendo, parece que está acontecendo uma coisa bombástica, mas como a gente pode ver no gráfico, é muito estável a corrida", diz Marcelo.

Até as eleições, você poderá acompanhar as mudanças detectadas pelo agregador na tendência das intenções de voto no SBT News e no SBT Brasil.

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