Pablo Marçal diz que lutará para permanecer candidato: "Não vou parar"
Político criticou mudança do Pros e disse esperar decisão do TSE sobre o tema: "Se preciso, vou na ONU"
Lis Cappi
Pablo Marçal (Pros) defendeu, nesta 2ª feira (8.ago), que não deixará a corrida ao Palácio do Planalto nas próximas eleições. Em entrevista ao Poder Expresso, do SBT News, o político disse que continuará candidato, e questionou a decisão do partido em voltar atrás ao lançar o seu nome à Presidência: "Continuamos candidatos e continuamos em paz".
Marçal aposta em uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve ser respondida na próxima 4ª feira (10.ago). Uma ala do partido recorreu à Corte contra a decisão do presidente Eurípedes Júnior, que voltou ao comando do partido na 6ª feira e definiu no mesmo dia realizar uma reunião para revogar a candidatura da sigla. A intenção seria apoiar o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão foi questionada por Marçal. O político criticou não haver um edital para marcação do encontro e afirmou que a nova decisão não é unânime no Pros. "Chamou de última hora. Não deu abertura, não publicou o edital. A Justiça eleitoral não foi escrita no papel de pão", disse.
"Infelizmente, a atual direção que pegou o Pros por liminar, em menos de 24h vendeu o partido para o PT para usar o fundo eleitoral do Pros. Se preciso, eu vou na ONU, eu confio na Justiça do Brasil", afirmou Marçal.
Pablo Marçal, que ainda está candidato no sistema do TSE, disse ainda que não vai parar de fazer campanha, e que aposta na estratégia digital. Ele também afirmou não ter entrado com uma ação em próprio nome pelo direito a participar das próximas eleições, mas que está disposto: "Vou recorrer até depois do fim".
"Eu vou ficar até o dia 2 de outubro, se preciso for, até dia 30 como candidato. Eu não vou parar. Eu conheço de legislação e isso é um absurdo, fui o primeiro candidato a ser registrado em uma convenção com prazo de edital aberto, dentro da conformidade estatutária, dentro da legislação e TSE. Não estou preocupado com isso, o que está em discussão é uma briga judicial de quem vai ser o presidente do Pros e não o presidente do Brasil", argumentou.
Assista à íntegra da entrevista: