Pablo Marçal ameaça judicializar convenção nacional do Pros
Direção nacional do partido declarou apoio à candidatura de Lula
Guilherme Resck
O coach e candidato a presidente da República Pablo Marçal (Pros) ameaçou nesta 4ª feira (3.ago) judicializar a convenção nacional do próprio partido marcada para 6ª feira (5.ago), na qual a direção da sigla vai oficializar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto. Marçal disse que, se a ala da legenda encabeçada pelo presidente, Eurípedes Júnior, quiser "fazer qualquer manobra" contra sua participação na corrida presidencial, vai apresentar um mandado de segurança.
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A declaração foi dada em evento anunciado inicialmente como "A renúncia de Pablo Marçal", dando a entender que ele abriria mão de continuar na disputa. Entretanto, na ocasião, disse que seguirá como candidato. Marçal reforçou que sua candidatura está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda de acordo com ele, quem quiser ir contra o registro, precisará "peitar" o vice-presidente da Corte, o ministro Alexandre de Moraes, e nunca moveu ação contra qualquer pessoa, mas, se tentarem retirá-lo da corrida presidencial, vai fazê-lo pela primeira vez.
Também no evento, Marçal afirmou que conversou com Eurípedes Júnior na última madrugada, por celular, e não sabia, naquele momento, que ele iria declarar apoio à cadidatura de Lula. O coach atacou tanto o petista quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto; PT significa, em suas palavras, "pseudo trabalhadores", e o atual chefe do Executivo "não leva para o próximo nível". Chamou Lula ainda de "o maior corruptor da história do planeta" e falou que "alguém inteligente erra só uma vez", ao justificar que não voltará a votar em Bolsonaro para a Presidência da República.
Em outro momento, discorrendo sobre o petista, afirmou que Lula está preocupado "com um candidato nanico" -- como se referiu a si próprio -- porque "todo outsider que entra na política engole todo politiqueiro". Esse é o motivo, conforme o coach, para o PSDB ter escolhido apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) na corrida presidencial, e não o ex-governador de São Paulo João Doria, e o União Brasil não escolher o ex-juiz Sergio Moro para concorrer a presidente da República. O presidente do União, deputado Luciano Bivar (PE), teria conversado com Marçal pouco antes do evento desta 4ª, e Tebet também teria ligado para ele.
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