Diretório fluminense do PT rompe apoio à candidatura de Marcelo Freixo
O PT do RJ discutirá com o diretório nacional da sigla alternativas de coligação majoritária
O diretório fluminense do Partido dos Trabalhadores (PT) rompeu nesta 3ª feira (2.ago) o apoio à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) a governador do estado, por causa da manutenção, por parte do Partido Socialista Brasileiro, da candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) a senador.
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A Executiva Estadual do PT aprovou uma resolução, com o pedido de rompimento da aliança, que havia sido apresentada pelo presidente do diretório, João Maurício. De acordo com o Partido dos Trabalhadores, petistas e socialistas possuíam um acordo de que, em troca do apoio de Lula a Freixo na corrida ao Palácio das Laranjeiras, o deputado estadual do Rio André Ceciliano (PT), e não Molon, disputaria vaga de senador na chapa do congressista.
Em nota sobre a decisão desta 3ª feira, o diretório do PT chama a candidatura de Molon de "divisionista" e diz que o descumprimento do acordo por parte do PSB fez com que ala da esquerda passasse a atacar Ceciliano, "numa campanha sórdida nas redes, como não se via faz anos".
"A aventura da candidatura divisionista se manteve, mesmo após o Ato na Cinelândia [em 7 de julho], mesmo após os posicionamentos do próprio Marcelo Freixo, Flávio Dino, Márcio França e Danilo Cabral [todos do PSB] em defesa da unidade e cobrando o cumprimento do acordo. Aliás, Marcelo Freixo sempre defendeu a unidade da coligação apostando primeiro no convencimento do deputado Molon, confiando no Acordo firmado entre os dois, e depois pressionando Molon e a Direção Nacional do PSB", completa o comunicado.
Ainda de acordo com o diretório estadual do PT, lhe surpreendeu defesa feita pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, pela manutenção da candidatura do deputado federal a senador. "Consideramos que a divisão na coligação majoritária inviabilizará um palanque forte para o Presidente Lula, inviabilizará as nossas candidaturas majoritárias, tanto Freixo, como o André. Não aceitamos mergulhar nosso partido e nossas campanhas em uma guerra fratricida. Não faremos o jogo pequeno das prioridades pessoais, da manutenção de mandatos proporcionais a todo custo, como é a prioridade de alguns setores".
O PT do Rio de Janeiro aprovou por unanimidade a candidatura de André Ceciliano ao Senado e discutirá com o diretório nacional da sigla e com os outros partidos da federação Brasil da Esperança (PCdoB e PV), nos próximos dias, alternativas de coligação majoritária do território fluminense, com o objetivo de ter "um forte palanque do Lula" no estado. Há cerca de duas semanas, o ex-prefeito de Maricá e presidente nacional do PT, Washington Quaquá, disse que estava discutindo com a pré-campanha da chapa Rodrigo Neves-Felipe Santa Cruz uma aliança para Ceciliano concorrer ao Senado.
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