Lula: "Não teve violência em nenhuma das campanhas que participei"
Pré-candidato citou morte de apoiador em Foz do Iguaçu, lembrou de ataques por drones e teceu críticas a Bolsonaro
Lis Cappi
Em uma aposta de direcionamento de campanha contra a violência e a favor da paz, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta 3ª feira (12.jul), um discurso baseado em críticas ao governo Bolsonaro e associando o mandatário à morte do petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. Lula disse, por mais de uma vez, que nunca lidou com uma morte nas campanhas que participou.
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"Não teve violência em nenhuma das campanhas que participei. Eu nunca falei de violência em campanha, entretanto, o Brasil mudou. Ainda não sei por que o Brasil mudou tanto, mas estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra. Estão tentando colocar medo na sociedade brasileira", declarou Lula.
O petista também relembrou outros ataques contra apoiadores, citando o uso de drones contra militantes de esquerda na Cinelândia e em hotel. Lula ainda narrou o ato contra Marcelo Arruda: "Uma dessas pessoas, tomada pelo ódio, pela loucura, pelo fanatismo, invadiu o salão do dono da casa e matou o cidadão. A sociedade brasileira precisa começar a perceber o que está em jogo".
Entre as afirmações, o pré-candidato pediu paz e a "propagação do amor". O mesmo foi defendido pelo pré-candidato à vice-presidência Geraldo Alckmin (PSB). "Não ao ódio, sim à paz, sim ao amor. Lula, seu slogan é coragem e esperança", defendeu o ex-governador de São Paulo.
Ministério da Cultura
Entre as declarações em favor da paz, o ex-presidente reforçou a intenção em comandar o Planalto mais uma vez, e disse que se eleito, recriará o Ministério da Cultura e outras secretaria estados para fomentar a área.
"A gente vai criar o Ministério da Cultura e vai criar secretarias em cada capital do país, para que nunca mais alguém acabe com a cultura", argumentou. Na ocasião, Lula alfinetou Bolsonaro, questionando o motivo de o Teatro Nacional de Brasília estar fechado há oito anos.