Comissão externa garante segurança das urnas eletrônicas
Testes concluem que incidentes do ano passado não violaram o sistema
A comissão externa responsável por avaliar a segurança das urnas eletrônicas concluiu que o atual sistema de votação brasileiro é confiável. Um relatório, entregue nesta 2ª feira (30.mai), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aponta que os incidentes encontrados em teste do ano passado não violaram o sistema eletrônico, que continua "íntegro e seguro".
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O relatório é assinado pelos dez membros da comissão avaliadora dos testes, composta por representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Congresso Nacional, Polícia Federal (PF), Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e Sociedade Brasileira de Computação (SBC), além de três especialistas da área acadêmica.
O documento final traz os detalhes dos cinco planos de testes realizados e "atesta que todas as tentativas de ataque sobre o software não obtiveram êxito". Segundo o TSE, as barreiras de segurança se mostraram "fortes e efetivas" em todos os testes realizados.
Os membros da Comissão Avaliadora também fizeram recomendações ao TSE, como facilitar o acesso da documentação das barreiras do sistema aos investigadores, ajustar o ambiente físico para a realização dos próximos testes e aprimorar a publicidade dos boletins de urna, substituindo a criptografia, que é aplicada atualmente, pela assinatura eletrônica.
Neste ano, 26 investigadoras realizaram 29 planos de ataques contra as urnas eletrônicas. Cinco planos conseguiram achar problemas considerados leves. Os planos bem-sucedidos atacaram, principalmente, os sistemas de transmissão e recepção dos resultados, e foram repetidos nos dias 11, 12 e 13 de maio de 2022 no teste de confirmação das urnas.
Todas as ações faem parte do Teste Público de Segurança 2021. Um trabalho desenvolvido pelo TSE desde 2009.