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Eleições

De prefeito a presidenciável: a trajetória política de João Doria

Filiado ao PSDB, ele participou pela primeira vez de uma disputa eleitoral em 2016

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João Doria se emocionou ao anunciar que está fora da disputa presidencial
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Em 2016, o milionário empresário João Agripino da Costa Doria Júnior, o João Doria, disputou uma eleição pela primeira vez. Então com 59 anos de idade e apadrinhado pelo governador Geraldo Alckmin, ele, que já era filiado ao PSDB, angariou apoios e conquistou a confiança do eleitorado paulistano. Assim, venceu a briga pela prefeitura de São Paulo no primeiro turno. Apenas seis anos depois, o então outsider anunciou a desistência de concorrer à Presidência da República, segundo ele, com o "coração partido".

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Com Doria confirmando que deixa a disputa pelo Palácio do Planalto, o SBT News relembra como se deu -- ao menos até aqui -- a trajetória dele na política partidária brasileira.

Pré-candidato a prefeito

Os primeiros passos de João Doria na política ocorreram no início de 2016. Na ocasião, ele venceu os dois turnos organizados pelo diretório municipal do PSDB na capital paulista e, assim, conquistou o direito de ser o nome do partido para a disputa pelo comando da prefeitura da maior cidade do país, naquele momento administrada pelo petista Fernando Haddad.

A entrada de Doria na briga pela prefeitura paulistana contou com a participação de um dos principais líderes do tucananato naquele momento: Geraldo Alckmin. Apadrinhado pelo então governador paulista, o empresário superou críticas e brigas internas, com direito ao registro fotográfico de um homem caindo no meio da rua ao brigar com um militante da legenda, e venceu as prévias contra Andrea Matarazzo, que posteriormente deixou o PSDB.

Candidato vitorioso a prefeito

Superada a briga interna, Doria foi confirmado como o candidato a prefeito de São Paulo em 2016. Tendo o também tucano Bruno Covas como vice, ele superou concorrentes como o então prefeito Fernando Haddad (PT), a ex-prefeita Marta Suplicy (PMDB) e o deputado federal Celso Russomanno (PRB), e venceu o pleito no primeiro turno. Com o slogan "acelera", Doria recebeu mais de 3 milhões de votos e foi eleito com o equivalente a 53,29% dos votos válidos.

De prefeito a governador

Vitorioso na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2016, João Doria não cumpriu até o fim o mandato para o qual foi eleito. Em 2018, ele renunciou ao cargo de prefeito. Nos bastidores, rompeu a aliança com Alckmin e tentou ser o nome do PSDB à Presidência da República. Sem sucesso na empreitada nacional, candidatou-se a governador de São Paulo e teve êxito mais uma vez nas urnas. Em disputa acirrada contra Márcio França (PSB) no segundo turno, obteve 51,75% dos votos válidos.

Pré-candidato a presidente

Assim como fez enquanto era prefeito, Doria não cumpriu a totalidade de seu mandato como governador de São Paulo. Isso porque ele renunciou ao cargo no Executivo estadual em 31 de março. Decisão tomada meses após disputar (e vencer) mais uma prévia tucana, quando, em novembro de 2021, superou Eduardo Leite e Arthur Virgílio Neto na briga interna para ser o representante do partido pela disputa pela Presidência da República nas eleições gerais programadas para outubro.

Desistência da disputa presidencial

O nome de João Doria, contudo, não aparecerá como opção na urna eletrônica para a Presidência da República. Nesta 2ª feira (23.mai), o ex-prefeito e ex-governador anunciou que, apesar de ter sido o mais bem votado na prévia tucana realizada no ano passado, não seguirá adiante com a pré-candidatura a presidente. Admitiu não ser o escolhido da "cúpula do PSDB" e alegou estar de "coração partido" ao anunciar a própria desistência.

A confirmação de que Doria vai se retirar da disputa pela eleição presidencial vai ao encontro da notícia publicada na semana pelo SBT News na última semana. PSDB, Cidadania e MDB devem anunciar a candidautra da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como o único nome do bloco.

Curiosidade: R$ 10 milhões mais rico

Empresário, sendo dono do Grupo Lide e com participações em outros negócios, João Doria entrou para as disputas políticas com status de milionário. Em 2016, ele declarou ter mais de R$ 179 mihões em total de bens. Dois anos depois, quando se candidatou a governador, o patrimônio do tucano havia crescido cerca de R$ 10 milhões. Assim, a declaração de bens feita à Justiça Eleitoral em 2018 apontava o montante superior a R$ 189,8 milhões.

Apoiadores de Doria em eleições

Confira, abaixo, os partidos que, além do PSDB, apoiaram as candidaturas de João Doria:

  • 2016, Prefeitura de São Paulo = PPS, PV, PSB, DEM, PMB, PHS, PP, PSL, PTdoB, PRP, PTC e PTN;
  • 2018, Governo estadual de SP = DEM, PSD, PRB, PP e PTC;
  • 2022, Presidência da República = desistência após admitir que não tinha apoio nem da cúpula do tucanato.

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