PSTU lança Altino Prazeres Junior como pré-candidato a governador de SP
Ele trabalha no Metrô da capital paulista e foi presidente do sindicato dos metroviários de 2010 a 2016
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lançou nesta 3ª feira (29.mar) Altino de Melo Prazeres Junior, ex-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, como pré-candidato a governador do estado. Segundo o PSTU, a ideia é que, na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, ele represente o chamado Polo Socialista Revolucionário - um espaço político cuja construção vem sendo feita pela sigla e outra correntes políticas, como setores do Psol, desde outubro de 2021.
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Altino atuou como presidente do sindicato de 2010 a 2016. Ele é formado em matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e trabalha há 25 anos no Metrô da cidade. O novo pré-candidato migrou de Pernambuco para o território paulista em 1995. Em sua carreira, tem ainda atuações como operário químico e como presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Pernambuco.
De acordo com ele, foi escolhido como pré-candidato porque o PSTU e vários ativistas desejam "uma alternativa socialista e revolucionária" para São Paulo. Ainda falando sobre o motivo do lançamento de sua pré-candidatura, pontuou: "Queremos votar em quem esteve nas ruas em 2013 contra o aumento das passagens, na época dos governos do Haddad do PT na prefeitura da cidade de São Paulo e Alckmin como governador do estado. É simbólico que estes mesmos personagens hoje estejam no mesmo projeto de governo. Não dá! Queremos uma alternativa que se comprometa com os de baixo contra os de cima".
Nos atos de 2013, diz o PSTU, Altino participou ativamente e chegou a ser preso "de forma injusta". "Em todos esses anos como metroviário, lutou junto com a categoria contra a privatização e em defesa do setor metroferroviário. Depois de tanto enfrentamento ao governo Alckmin, chegou a ser considerado por parte da imprensa como inimigo número 1 do governador", acrescenta a sigla.
Ele participou também de manifestações pela saída do presidente Jair Bolsonaro (PL). O PSTU classifica sua história como de defesa do socialismo e "de enfrentamento contra os grandes patrões e seus governos". O novo pré-candidato afirma que tem um projeto socialista para São Paulo, "que meta o dedo na ferida, na riqueza dos grandes empresários". "Queremos apresentar para a juventude e o conjunto da classe trabalhadora uma saída dos de baixo contra a exploração dos de cima".
Entre as propostas para um eventual governo, de forma mais específica, estão por exemplo garantia do piso salarial nacional para os professores; democratização dos cargos de direção das empresas do governo; redução progressiva do preço da passagem do Metrô e da CPTM até ela se tornar gratuita, com as grandes empresas e os milionários bancando o transporte; e combate à especulação imobiliária e aos despejos. Altino diz que o PSTU fez e continuará fazendo alianças para com qualquer pessoa que queira pôr fim ao governo Bolsonaro, mas que o projeto do partido não cabe nelas.
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