Leite deixa governo, fica no PSDB e pressiona Doria
O governador do RS passou as últimas semanas em conversas com lideranças do PSD de Gilberto Kassab
Larissa Arantes
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou nesta 2ª feira (28.mar) que ficará no PSDB e também anunciou que irá renunciar ao seu cargo à frente do governo do Estado. Na coletiva de imprensa, Leite afirmou ainda que respeita as prévias do PSDB, mas que "têm toda a condição de se confirmarem ou não a partir do momento político que vem pela frente". No ano passado, o processo de escolha do partido resultou na definição do nome do governador de São Paulo, João Doria, para disputar a Presidência da República.
Ao explicar sua decisão, Leite fez ainda referência ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que abriu as portas da legenda para o tucano. "O presidente do PSD, Kassab, colocou um caminho de forma firme e clara para que pudesse me apresentar ao Brasil e eu reconheço este gesto dele e agradeço o gesto que me dirigiu. Mas agradeço também a sensibilidade dele de compreender que eu não poderia deixar a história que construí no PSDB", completou. Leite, porém, não especificou qual o objetivo de sua renúncia. Ao ser questionado sobre o seu próximo passo, ele destacou apenas que a sua decisão "abre possibilidades".
Leite passou as últimas semanas em conversas com lideranças do PSD. Kassab desejava lançar seu nome à disputa pelo Palácio do Planalto depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistiu oficialmente de concorrer no pleito. Interlocutores próximos ao governador do Rio Grande do Sul ficaram em compasso de espera diante da possibilidade de Leite deixar o PSDB de fato e chegaram a escrever uma carta, assinada por 28 integrantes da legenda, pedindo que ele permanecesse na sigla.