Partido "heterogêneo" reforça candidatura própria, avalia liderança do PSD
Partido intensifica conversas com Leite para ter nome na corrida presidencial, mas abriga parlamentares alinhados a Lula e Bolsonaro
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Lideranças do PSD que defendem uma candidatura da legenda na disputa pelo Palácio do Planalto acreditam que os diferentes alinhamentos de parlamentares da sigla só corroboram a necessidade de um representante no pleito de outubro. "O fato de o partido ser heterogêneo reforça a candidatura própria", afirmou o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), presidente do PSD em Minas Gerais, em entrevista ao SBT News. Na avaliação de Silveira, a realidade de a sigla abrigar deputados e senadores que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) não dificulta o consenso em torno do plano de ter um nome na corrida presidencial. Segundo o senador, por isso mesmo é melhor que o PSD tenha candidatura própria porque, assim, os parlamentares não se desgastam com suas bases eleitorais.
Silveira destacou ainda estar "otimista" sobre a possibilidade de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixar o PSDB e seguir para o PSD e que a resposta pode vir "nos próximos dias". Na última 6ª feira (21.mar), Leite recebeu uma carta assinada por 28 tucanos pedindo que ele permaneça no partido. "Outubro se avizinha. O momento é de união em torno de um projeto que recoloque a Nação no caminho certo. A maioria dos brasileiros, cansada de tanto extremismo, está à espera do retorno à normalidade, e, nessa direção, de alguém que possa liderar uma campanha, ao mesmo tempo, empolgante, propositiva e viável. Não admitimos a possibilidade de o perdermos, nesse momento crucial para a história do Brasil", ressaltou o grupo na carta.
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O governador do RS se manifestou no Twitter sobre o documento, disse que estava "sensibilizado" e afirmou que a "manifestação" permitiria que ele continuasse o "diálogo interno para ver como o PSDB pretende ser protagonista no processo nacional, junto com outras forças políticas do centro democrático". Interlocutores tucanos reconhecem que o desejo de Leite é ser candidato à Presidência da República, mas como nas prévias o partido decidiu ter o governador de São Paulo, João Doria, como candidato, o governador deu prosseguimento às conversas com a legenda de Gilberto Kassab. A possível filiação de Leite ao PSD tem ainda outro aspecto que é a avaliação que os possíveis adversários fazem da candidatura dele. Como mostrou o SBT News no mês passado, os petistas têm revelado receio com eventual potencial de votos do político gaúcho, algo que pode atrapalhar os planos do PT.