Doria deixará governo em 31 de março; pré-campanha começa pela Bahia
Pré-candidato à Presidência, ele seguirá agenda de entregas até deixar o cargo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende deixar o Palácio dos Bandeirantes em 31 de março para começar a viajar pelo Brasil na pré-campanha pela Presidência da República. O primeiro destino será o estado da Bahia, terra de seu pai, João Doria, que foi deputado federal. A ideia é que ele esteja acompanhado no estado baiano por ACM Neto, expressiva liderança política na região.
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Depois de percorrer algumas cidades baianas, Doria vai para Minas Gerais. Segundo maior colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo, o estado já foi governado por oito anos pelo seu desafeto político, o também tucano Aécio Neves, hoje deputado federal.
O estado paulista já vem sendo percorrido pelo governador no exercício da função, mas daqui até o fim do mês as viagens ao interior serão ainda mais intensificadas para entregar obras e realizar inaugurações.
Desafio da terceira via
Ao menos por enquanto, João Doria não tem se saído bem nas pesquisas públicas de opinião, oscilando em torno dos 3% entre a preferência dos eleitores brasileiros.
A expectativa é a de que quando começar a mostrar o crescimento paulista perante o resto do país ao longo de sua gestão sua avaliação possa mudar. Nos últimos três anos, o PIB (produto interno bruto) de São Paulo cresceu mais de sete vezes acima do índice do Brasil.
Em pesquisas qualitativas internas de opinião, o pré-candidato é classificado como "trabalhador", "honesto" e "competente". Mesmo assim, não é escolhido pelos entrevistados. É considerado "marqueteiro" e colhe prejuízos entre os que se prejudicaram com o fechamento do comércio e a suspensão de outras atividades ao longo da pandemia de coronavírus.
A tal terceira via, que busca ser uma alternativa aos que não querem votar nem no presidente Jair Bolsonaro, tampouco no ex-presidente Lula, está congestionada. Doria concorre com outros aspirantes como Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos) e Simone Tebet (MDB), por exemplo. Seja lá o que aconteça antes do primeiro ou do segundo turno, Doria pretende estar aliado a um desses nomes alternativos, mantendo distância daqueles que já sentaram na cadeira presidencial.