Cidadania confirma federação com PSDB e já perde 1º palanque
No Distrito Federal e no Piauí os dois partidos também vão brigar pela cabeça de chapa
Roseann Kennedy
Após confirmar a federação com o PSDB, o Cidadania já sofreu a primeira baixa para as eleições deste ano. O governador da Paraíba, João Azevêdo, decidiu deixar a sigla e vai se filiar ao PSB na próxima 5ª feira (24.fev). Azevêdo será candidato à reeleição em um dos poucos estados onde o Cidadania teria cabeça de chapa.
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Em outras duas unidades da federação, mesmo mantendo os atuais quadros, a intenção do Cidadania de lançar candidatura própria também está ameaçada e vai exigir muito entendimento com os tucanos para ver quem desistirá da corrida eleitoral. No Distrito Federal e no Piauí as duas siglas têm pré-candidato até o momento.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, lamentou a troca de sigla do governador, mas disse que entende as questões regionais. "Saiu como bons amigos", afirmou. Em entrevista ao SBT News, Freire admitiu que o Cidadania vai perder em algumas composições de palanques com os tucanos, mas ressaltou que formar a federação é fundamental para a sobrevivência do partido.
"Estamos perdendo com a federação, mas sem ela perderíamos mais. A federação é necessária para o Cidadania superar a cláusula de barreiras", avaliou o presidente.
No DF, o Cidadania pretende lançar ao governo a senadora Leila Barros. Mas o PSDB aposta no também senador Izalci Lucas para a disputa com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Como o atual gestor aparece disparado nas pesquisas de intenção de voto, até o momento as pré-candidaturas dos dois senadores é vista como uma forma de fazer margem eleitoral para o pleito de 2026.
O outro imbróglio, no Piauí, ocorre porque o Cidadania não abre mão de lançar o ex-secretário Washington Bonfim. Já os tucanos foram os primeiros a oficializar uma pré-candidatura ao governo estadual neste ano, a do ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes.