União Brasil aposta em eleição da maior bancada do Congresso
Deputado Efraim Filho afirma que outra prioridade é eleger o maior número de governadores
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O líder na Câmara do extindo DEM e agora 1° secretário do União Brasil, o deputado Efraim Filho (União Brasil-PB), afirmou que as prioridades do partido União Brasil serão garantir a continuidade como maior bancada do Congresso e eleger o maior número de governadores pela legenda.
De acordo com o deputado, a sigla, criada com a união do DEM e do PSL, já tem fortes candidatos a governador em ao menos dez unidades da federação. São elas: Goiás, Mato Grosso, Rondônia -- os três primeiros contam com reeleições --, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Amazonas e Distrito Federal.
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No momento, o período ainda é de adaptação para organizações de questões internas do União Brasil. Segundo o deputado, "deu para casar, mas não foi um casamento fácil". O partido pode contar com a saída de cerca de 30 parlamentares do antigo PSL, e de cerca de quatro do DEM. Já os ingressos na sigla são vistos com surpresa pelo deputado, que espera manter 70 deputados no Câmara após as filiações e saídas do partido. "As saídas já estão precificadas, mas os ingressos são surpresa. Muitos parlamentares vem como porto seguro a sigla, com capilaridade nos 27 estados da federação", destacou Filho.
"União Brasil pode ser o porto seguro para muitos, porque tem capilaridade, estrutura, quem tiver que sair vai sair agora por questão ideológica. A sigla vai ser um polo atrativo, enquanto outros partido vão ser polos doadores. [...] Talvez separados DEM e PSL fossem dois projetos de sobrevivência, juntos somos protagonistas", disse o deputado.
O deputado ainda comentou sobre as escolhas de nomes do partido para as comissões que poderão escolher. Segundo regimento da Câmara, a escolha das cadeiras para presidir as comissões deve obedecer, tanto quanto possível, a participação proporcional das legendas com atuação na Casa. O União Brasil é a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 81 deputados e, este ano, escolhe a presidência de quatro comissões. Uma delas é a Comissão de Constituição e Justiça, considerada a principal da casa.
O acordo, segundo Efraim Filho, era para que o deputado Vitor Hugo, líder do PSL, fosse o escolhido para presidir a CCJ, no entanto, ele deve deixar o União Brasil. "Acredito que muita coisa vai depender da janela, depois das janelas vão ter partidos que vão mudar de tamanhos, aumentar, diminuir e vai ter um reflexo nas indicações das comissões", destacou o deputado. Essas janelas que o deputado se refere são os prazos previstos na lei eleitoral para alterações partidárias.
Efraim Filho ainda declarou, durante café com a imprensa, na manhã desta 5ª feira (10.fev), na Câmara dos Deputados, que Elmar Nascimento é o nome cotado para ser líder do partido na Câmara. Já sobre federação partidária com o MDB, o deputado afirmou que não há definições e as conversas sobre o tema devem começar depois de abril. "Presidente Bivar está na mesa para negociar com ACM (Neto) e (Antonio de) Rueda para conduzir a conversa no macro. [...] No macro é mais fácil, depois para conversar com os estados vai ser mais complicado", afirmou. Sobre a filiação do ex-juiz Sérgio Moro, o deputado acha improvável, mas acredita que uma aliança seja possível, mas também deve ser discutida após abril.
O deputado ainda falou sobre pautas que podem ter maior destaque na Câmara dos deputados no ano de 2022, que conta com o ciclo eleitoral pela frente. "Temas mais polêmicos devem ser analisados até março, agenda econômica é prioridade, mas as reformar ficam para 2023. PEC dos combustíveis pode ter um problema de prazo, se não for encontrada uma forma de ir direto para o Plenário. Há 100 vezes mais chance da reforma tributária entrar do que a administrativa, já que ninguém quer topar briga com o eleitor, mas o problema da reforma tributária é o texto", finalizou.
União Brasil
O pedido de registro do estatuto e do programa partidário do União Brasil foi aprovado por unanimidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta última 3ª feira (8.fev). A fusão do DEM e do PSL vai contar com o fundo eleitoral de R$ 1 bilhão.
A sigla vai ser presidifa por Luciano Bivar e terá ACM Neto como secretário-geral. O deputado Efraim Filho é o 1° secretário na executiva nacional. Já na Paraíba vai ter gestão compartilhad com o deputado Julian Lemos (ex-PSL).
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