Assédio do PT para Boulos apoiar Haddad incomoda psolistas
Integrantes do PSOL apostam que o candidato Guilherme Boulos tem chances na disputa ao governo paulista
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O ex-presidenciável do PSOL, Guilherme Boulos, confirmou apoio do partido à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, mas o gesto não significa que a relação das duas siglas esteja totalmente resolvida. O assédio do Partido dos Trabalhadores para Boulos desistir da candidatura ao Governo de São Paulo e apoiar o petista Fernando Haddad na disputa estadual tem provocado desconforto entre psolistas.
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O incômodo ficou ainda maior nos últimos dias, depois que vazou a informação de que Lula e Boulos se reuniram para discutir o tema. Integrantes do PSOL apostam que seu candidato tem chances na disputa ao governo paulista, com base no desempenho de Guilherme Boulos nas eleições municipais em 2020, quando chegou ao segundo turno e chegou ao final da eleição com mais de 40% dos votos válidos.
A cúpula da sigla, porém, minimiza o mal estar. "Não existe assédio. São processos naturais de diálogos e tentativas de composição. O PT entende que Haddad tem mais chances e o PSOL defende a tese de que Boulos é o melhor candidato que temos na esquerda e centro esquerda em SP. E as eleições municipais demonstraram isso", afirmou o presidente do Psol em São Paulo, João Paulo Rillo, ao SBT News.
Rillo também afirmou que tanto a direção nacional do partido quanto a estadual conversavam com quase todos os partidos do campo de esquerda. "Muitas conversas ocorrerão ainda", ressaltou.
No sábado (29.jan), em evento do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Guilherme Boulos foi taxativo sobre seu candidato presidencial: "Vamos estar cada vez mais juntos. Viva o sindicato dos metalúrgicos, viva a classe trabalhadora, e é Lula presidente em 2022", disse em vídeo gravado.