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Eleições

Martha Rocha promete acabar com as OSs na saúde

Para a candidata, Organização Social é sinônimo de má gestão, mau atendimento e corrupção

Imagem da noticia Martha Rocha promete acabar com as OSs na saúde
Martha Rocha (PDT), candidata à Prefeitura do Rio, em entrevista ao SBT News
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Martha Rocha (PDT), terceira candidata à Prefeitura do Rio a ser sabatinada pelo SBT News, afirmou como compromisso de campanha acabar definitivamente com as Organizações Sociais (OSs) na gestão da saúde municipal. Deputada estadual pelo segundo mandato consecutivo, a candidata foi sabatinada pelos jornalistas Isabele Benito e Humberto Nascimento nesta 4ª feira (28). Martha disse que a intenção é que a RioSaúde, órgão público, assuma toda a administração das unidades de saúde que estão na mão das OSs. 

"Eu não posso dizer que toda Organização Social é corrupta, mas posso afirmar que, onde tem uma situação de corrupção, tem uma Organização Social. O que eu apurei na CPI da covid-19 na Assembleia Legislativa do Rio me permite decidir que vamos fazer a transição das Organizações Sociais para a fundação RioSaúde. E, com isso, vamos estar implantando, também no nosso gabinete, um comitê de monitoramento e acompanhamento dos contratos da área da Saúde e também no atendimento que é dado ao povo carioca", prometeu Martha.

Delegada da Polícia Civil há mais de 30 anos, Martha Rocha negou que irá armar a Guarda Municipal. A candidata afirmou que, se eleita, irá investir em tecnologia e ações de inteligência na área da segurança. Também questionada sobre a baixa resolução de grandes crimes na época em que foi chefe da Polícia Civil no governo de Sérgio Cabral, a delegada rebateu citando as investigações dos assassinatos da juíza Patrícia Acioli (2011) e do pedreiro Amarildo (2013), ambos casos solucionados sob seu comando. "Em menos de 60 dias, nós esclarecemos o homicídio da juíza Patrícia Acioli; o caso do Amarildo, que eu lamento não ter sido encontrado o corpo dele, mas que, apesar de tudo, nós conseguimos fazer com que os autores desse crime estivessem presos. A gente reestruturou as delegacias de homicídio porque a Delegacia de Homicídio que era a única estruturada. A Delegacia de Niterói, São Gonçalo (DHSGI) e da Baixada (DHBF) não tinham a mesma estrutura", argumentou. 

A candidata também negou que tenha convidado Ciro Gomes (PDT) para participar de um possível governo, mas que se inspira na gestão da educação feita em Sobral, no Ceará, quando o pedetista foi governador do estado. Uma outra polêmica abordada na sabatina foi a escolha de Martha Rocha em eleger o deputado estadual Domingos Brazão (MDB) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). A delegada disse que não havia nenhuma denúncia formal contra o colega de parlamento à época, mas que "avaliando hoje, talvez não tivesse votado, mas naquele momento não havia nenhuma questão que o acusasse". Brazão foi preso na Operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato, em 2017. Ele e mais outros quatro membros do TCE-RJ foram afastados por serem suspeitos de participarem de um esquema de desvio de dinheiro público. O político também é investigado por possível participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), em março de 2018.

Junto ao produtor cultural produtor Anderson Quack, seu vice, a delegada diz que compõe uma chapa progressista. Perguntada se é uma candidata de esquerda ou de direita, Martha tergiversou e falou que nunca flertou com partidos como DEM e Psol, que chegaram a cogitar seu nome para as chapas municipais como vice-prefeita. "Eu sou uma candidata progressista, que entendo que o governo não tem que ter lucro, tem que fazer a felicidade da população. E garanto que, na nossa gestão, a gente quer antes de tudo uma escola pública em tempo integral, de qualidade, olhando aí para cultura, para o esporte, fortalecendo a atenção básica. Entendendo que a prefeitura é uma incubadora de oportunidades e que pode ajudar muito a enfrentar essa grave crise na cidade do Rio de Janeiro que hoje deixou de ser a capital cultural para ser a capital dos escândalos", pontuou Martha.

Sobre os problemas na educação na capital, a pedetista citou o antropólogo e político brasileiro Darcy Ribeiro, cujo lema era "construir escolas para não construir presídios", e afirmou que irá retomar o conceito dos CIEPS ("brizolões") de ensino integral. Martha criticou a performance da capital Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que estão abaixo da média nacional. A candidata colocou parte da culpa no ex-prefeito e também candidato Eduardo Paes (DEM), que recebeu "um rio de dinheiro para Jogos Olímpicos, Copa do Mundo". Ela diz que, se o dinheiro fosse investido na educação pública, o Rio seria referência no país.

Leia abaixo, na íntegra, a sabatina conduzida pelos jornalistas Isabele Benito e Humberto Nascimento. Se preferir, assista em vídeo:

 

 
SBT News: Eu resolvi começar pela maior preocupação do povo carioca nos últimos tempos, sempre foi, mas principalmente agora, em relação à saúde do Rio de Janeiro. Na questão da gestão municipal, eu sempre falo aqui, não só aqui no meu programa, como no meu programa de rádio, sobre a questão falida da gestão de saúde sobre a questão das Organizações Sociais. Qual o seu enfrentamento nessa questão e se você pretende manter, candidata, as OSs ou acabar com elas de vez?
Martha Rocha: Eu sou deputada estadual no meu segundo mandato e tive a oportunidade, não só de presidir a comissão de saúde, mas mais recentemente de presidir como deputada estadual a CPI que apurou os desvios de recursos públicos, que ocorreram durante as ações de enfrentamento à Covid-19. Eu não posso dizer que toda a Organização Social é corrupta, mas eu posso afirmar que onde tem uma situação de corrupção, tem uma Organização Social. O que eu apurei na comissão Covid-19 na Assembleia Legislativa (Alerj) me permite decidir que vamos fazer a transição das Organizações Sociais para Fundação Rio Saúde. E, com isso, vamos estar implantando, também no nosso gabinete, um comitê de monitoramento e acompanhamento dos contratos da área da saúde e também no atendimento que é dado ao povo carioca. E vamos estar também criando uma central única de compras, que com certeza, vai permitir uma compra em maior quantidade, mas um pagamento menor, e temos o compromisso com a questão da atenção básica na área da saúde. Então, na nossa administração, haverá a transição entre a Organização Social para Fundação Rio Saúde.

Até agora existe meio que um consenso nessa parte da saúde, de fazer essa transição, parcial, para acabar com as OSs. Pelo que eu entendi, a senhora também segue esse caminho. Mas a senhora vê uma previsão, um prazo dentro de uma gestão de quatro anos, a princípio, para acabar com as OSs definitivamente?
Esse é o nosso desejo, acabar com as OSs de uma forma definitiva. Eu não vejo por que as administrações, seja na prefeitura do atual ou do ex, insistindo com as Organizações Sociais, pagando uma taxa de administração de 10% às Organizações Sociais... O argumento que se utilizava é porque teria qualidade no atendimento, e a dona de casa que está nos assistindo, o taxista que está nos acompanhando, sabe muito bem que é uma fila imensa na porta dos hospitais. Os idosos sendo largados nas macas, aguardando uma internação. Eu não vejo qualidade no atendimento, pelo contrário. Para mim, hoje, Organização Social é sinônimo de má gestão, mau atendimento e corrupção.

Antes de ser efetivada como candidata do PDT, a senhora foi cortejada para ser vice do PSOL, também foi cortejada pelo PT e andou flertando também até com o Eduardo Paes. A senhora já foi do PSD, que é um partido com viés um pouco mais conservador, já foi do PSB e agora está no PDT. Afinal de contas, a senhora é de esquerda, de direita ou, como diria o Brizola, é uma pessoa que gosta de cotear o alambrado?
Em primeiro lugar, eu não flertei com ninguém, nem fui cortejada por ninguém, porque eu não faço política dessa maneira. Houve uma movimentação de alguns partidos, entendendo que eu seria uma ótima vice - e eu sempre disse que não seria vice de ninguém, porque se eu sou uma candidata tão interessante para ser vice, por que eu não poderia ser protagonista de uma campanha à Prefeitura da minha cidade, já que eu sou uma mulher de 61 anos, suburbana com muito orgulho e carioca com certeza? Então, não flertei e não cortejei nenhum partido.
Nunca admiti a hipótese de ser vice, de absolutamente ninguém. E quero para dizer na segunda parte da sua pergunta que eu sou uma candidata progressista. Eu entendo que uma maior questão que a gente tem que enfrentar agora é a desigualdade social, que ficou vista aí no momento da pandemia, é só a gente verificar o que aconteceu com as crianças da escola pública e a diferença das crianças na rede privada. Então eu sou uma candidata progressista, que entendo que o governo não tem que ter lucro, tem que fazer a felicidade da população. E garanto que, na nossa gestão, a gente quer antes de tudo uma escola pública em tempo integral, de qualidade, olhando para cultura, para o esporte, fortalecendo a atenção básica. Entendendo que a prefeitura é uma incubadora de oportunidades e que pode ajudar muito a enfrentar essa grave crise na cidade do Rio de Janeiro, que hoje deixou de ser a capital cultural para ser a capital dos escândalos.


Candidata do PDT, Martha Rocha, 61 anos, deputada, mas que ficou mais conhecida aos olhos do público como chefe da Polícia do Rio de Janeiro, nomeada pela história do maior ladrão político do Rio, que é Sérgio Cabral. Como chefe da polícia investigativa do Rio, no momento que a senhora estava nesse governo, não foi possível desconfiar de nada?
Olha, Isabele, eu tenho 31 anos na Polícia Civil, sou uma profissional de carreira. Quero aproveitar e mandar meu abraço aos servidores públicos, sejam municipais, estaduais, federais que, como o próprio nome tá dizendo, existem para servir; ao contrário de muitos políticos que estão para se servir.
Retomando à sua resposta, eu sou uma servidora pública de carreira. Quando eu fui escolhida chefe da Polícia Civil, eu tinha 21 anos como delegada e sete anos como escrivã de polícia. Eu fui submetida a uma sabatina feita, inclusive, com outros delegados. A minha escolha não passou pelo crivo do ex-governador Sérgio Cabral. Eu trabalhei muito. Quero lembrar apenas que, quando o governador Sérgio Cabral foi preso, ocorreu em 2016. Ele não foi preso num processo da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Ele foi preso num processo que tramitou em Curitiba. Eu tenho muita tranquilidade do que eu fiz à frente da chefia da Polícia Civil. E para a dona de casa que está me ouvindo, eu quero dizer que não tenho medo de 6 horas da manhã, de noticiário, de pergunta, nem de "japonês da Federal". Então, eu tenho muita tranquilidade e muito orgulho da minha trajetória como policial civil .


Candidata, os seus adversários criticam muito o período que a senhora foi chefe de polícia, pela senhora não ter efetuado nenhuma prisão de político importante ou de algum grande miliciano, enfim, alguma personalidade, digamos assim, do mundo do crime. Então, o que a senhora responde em relação a isso? Porque diziam que, durante o governo Cabral, parte da polícia seria aparelhada para investigar adversários e deixava outras coisas rolarem, de pessoas do próprio partido ou ligadas ao governo.
Olha, eu vou relembrar-lo parte da minha história como chefe da Polícia Civil. Vou te relembrar que, em menos de 60 dias, nós esclarecemos o homicídio da juíza Patrícia Acioli; o caso do Amarildo, que eu lamento não ter sido encontrado o corpo dele, mas que apesar de tudo nós conseguimos fazer com que os autores desse crime estivessem presos, inclusive fora do Rio de Janeiro, em prisão federal. A gente reestruturou as delegacias de homicídio porque a Delegacia de Homicídio que era estruturada, era apenas a delegacia da capital - a delegacia de Niterói, São Gonçalo e da Baixada não tinham a mesma estrutura. O crime, a qual foi cometida a juíza Patrícia Acioli, foi trazido para a Delegacia de Homicídios da capital porque nós não tínhamos lá uma estrutura suficiente...
Então eu trabalhei muito. Eu saí da Polícia Civil - seria bom o SBT verificar isso - com mais de uma dezena de ameaças. Eu tive o meu carro metralhado com a minha mãe de 89 anos dentro, em 2019, a partir do "Disque-Denúncia" da milícia. Você vai consultar lá os arquivos da Polícia Civil, para você ver que teve político, sim, que foi preso; para ver quantos milicianos foram presos. Então, os que gostam dizer, os adversários, é porque eles querem testar a minha capacidade de enfrentamento. Ou seja: eles acham que eu não tenho coragem. Eu quero acalmá-los. Nossa campanha está crescendo, está mostrando as propostas que temos pra cidade do Rio de Janeiro. Eu volto a dizer pra você e pra todo mundo que está nos ouvindo: eu tenho muita alegria de tudo o que eu fiz na polícia e eu não andaria com escolta até hoje, se eu não tivesse tido a conduta que eu tive à frente da Polícia Civil.



Vou agora pra área da educação, que é tão importante, principalmente, para um futuro a curto prazo. Um dos legados e das bandeiras do [Leonel] Brizola, do PDT e que muitos outros partidos acabam entrando nessa história é educação em tempo integral. Outros candidatos também falam de educação em tempo integral.
Aqui no SBT Rio a gente acompanha de perto a não-evolução da educação no Rio de Janeiro, principalmente na parte básica. Para se ter uma ideia, candidata, a senhora deve saber, nos últimos oito anos, apenas 35% da educação básica municipal é de tempo integral. Como a senhora pretende, se é que a senhora pretende, manter esse legado e levar isso na prática, para que aconteça de forma efetiva a educação integral na educação básica do Rio de Janeiro?

A gente poderia começar lembrando que essa semana, se Darcy Ribeiro fosse vivo, ele faria 98 anos. Darcy dizia: "Vamos construir escola para não ter que construir presídio". A retomada do conceito dos CIEPS é um compromisso meu pessoal, individual porque eu sou fruto da escola pública. Eu sou cria da Penha. Tudo o que eu tenho e tudo o que conquistei é graças a uma família amorosa e educação pública de qualidade. Então nós vamos investir, sim.
Os índices da educação estão muito ruins. Os índices do Ideb na cidade do Rio de Janeiro estão abaixo da média. Nós já assistimos aí o ex-prefeito receber um rio de dinheiro pra ter Jogos Olímpicos, Copa do Mundo. Nós poderíamos ter tido um investimento em educação e saúde com aquele dinheiro, e o Rio de Janeiro seria referência na educação pública do nosso país.
Neste governo, que é um governo que traz aí o compromisso com a educação pública em tempo integral de qualidade, com articulação, com a cultura, com o esporte, olhar pras creches. Hoje, nenhuma família pode sobreviver sem o salário da mulher. Nós temos que reduzir o momento de entrada das creches das crianças. Não pode ser seis meses de idade. Tem que ser quatro meses, porque é a hora que as mães têm que voltar pra trabalhar. Você pode ter absoluta certeza que nós vamos fazer um impacto na educação para permitir que o destino das crianças seja diferente. Hoje, nós estamos com 30 anos de atraso porque não demos continuidade ao projeto de CIEPs. Eu costumo dizer que, na nossa gestão, nenhuma criança vai ficar para trás.


Candidata, o presidente nacional do seu partido tem sinalizado que o ex-ministro Ciro Gomes vai ser uma espécie de conselheiro do seu governo... No mínimo, conselheiro. Querendo ou não, isso acaba antecipando o debate presidencial. A senhora acha esse convite oportuno, num momento em que, caso a senhora vença a Prefeitura, a senhora vai precisar ter um diálogo, uma proximidade, tanto com o Governo Federal, como o Governo Estadual? A gente viu aí o que aconteceu com o governador afastado Wilson Witzel, que queimou a largada, por assim dizer; ele se colocou logo como candidato, antecipando muito o debate. Enfim, a presença do ex-ministro Ciro Gomes no seu governo, de alguma maneira, o seu governo não antecipa de forma muito prematura esse debate?
Eu não fiz nenhum convite ao companheiro Ciro Gomes para ocupar cargo algum na minha administração por um único motivo: primeiro, a gente tem que chegar ao segundo turno, e eu conto com apoio de todo mundo que está nos assistindo; depois, a gente tem que ganhar a eleição; depois, pensar uma equipe que será técnica. Eu fui conhecer as boas práticas da cidade de Sobral, que é uma cidade da qual a gente tem que conhecer e se espelhar, porque é considerada a melhor cidade em educação do Brasil. O companheiro Ciro Gomes é um carioca. Ele viveu aqui 17 anos, conhece bem essa cidade. Mas não há, da minha parte, nenhum convite ao ex-ministro.
Agora, eu queria lembrar um outro aspecto a quem está nos ouvindo: o presidente da República construiu a vida política na cidade do Rio de Janeiro. Foi aqui que ele se casou, educou os filhos, morou com a esposa e a filha antes de ser presidente. O presidente da Câmara dos Deputados e o ministro do Supremo Tribunal Federal, que preside o Supremo, são da cidade do Rio de Janeiro. Então, tá na hora do carioca também entender que essas pessoas têm obrigação de cuidar da cidade; que se não é bom pra cidade, não é bom para o Brasil. E eu tenho certeza que o carioca que está pensando na melhor escolha, que vai tirar a cidade do Rio de Janeiro de ser a capital dos escândalos, desse abandono e desordem; eu tenho certeza que o carioca também vai cobrar dessas autoridades o compromisso com a cidade do Rio de Janeiro. 


Candidata, qual é a relevância e a diferença, na opinião da candidata, que vai ser uma prefeita mulher? Qual é a diferença para a capital? Ter a relevância de uma posição de uma mulher como prefeita do Rio de Janeiro?
Olha, a diferença é que, quando a gente faz política pública pensando na mulher, a gente sabe que essa mulher vai cuidar da sua família. E quando eu cuido da família eu cuido da sociedade. Mulheres escolarizadas garantem seus filhos na escola. Se eu dou o título de posse de uma casa ou de um terreno para a mulher, mesmo que esse casamento termine, ela jamais vai sair daquela casa, porque ela sabe o quanto é importante aquele espaço para a sua família. A mulher falta ao trabalho para levar o seu filho ao médico e ela não falta ao trabalho para fazer um exame de uma mamografia, e quando ela se lembra de fazer o exame de mamografia, ela espera um ano pelo exame de mamografia.
Então, uma mulher perfeita, sem dúvida nenhuma vai ter... primeiro, acho que as mulheres vão entender o que eu estou falando. Arrumar a casa, porque quando na casa da gente, se o dinheiro não corre solto como a gente viu aí com o ex-prefeito, mas a gente se organiza, a gente faz todas as correções que têm que fazer para ter uma vida digna fruto do nosso trabalho. Então eu tenho certeza de que o olhar de uma mulher sobre a política pública vai cuidar da mulher, que vai cuidar da família, e por via de consequência vai cuidar da sociedade.


A senhora pretende armar a Guarda Municipal? E aí eu vou implementar: candidata, a política Marta Rocha tem o mesmo posicionamento em relação a isso do que a delegada Martha Rocha?
Com certeza. A delegada Martha Rocha sempre foi a favor do desarmamento. A delegada Martha Rocha sempre entendeu que bandido bom é bandido preso. A delegada Martha Rocha sempre cumpriu fielmente a lei, e se a Constituição mandava acionar a família, a delegada Martha Rocha permitia que o preso ligasse para sua mãe para avisar que estava preso. E a delegada Martha Rocha não tem intenção na primeira canetada como prefeita da cidade do Rio de Janeiro - se assim decidir o carioca - não tem intenção de armar a guarda.
Se lá na frente houver necessidade da criação de um grupo específico, é óbvio que eu não quero que nenhum chefe de família, um servidor da guarda, não possa desempenhar bem a sua função. Mas nós vamos investir em tecnologia e inovação, planejamento estratégico, ações de inteligência. Então, para te responder, Isabele, a delegada Martha Rocha é uma pessoa coerente, e a prefeita Martha Rocha, se assim desejar o carioca, ela vai ser a delegada Martha Rocha sendo capaz de ampliar a sua ação para ampliar e proteger para atender aquilo que o cidadão carioca precisa.


Candidata, a senhora sabe melhor do que nós que a milícia hoje é o principal problema na área de segurança no Rio de Janeiro, porque a milícia é parte do aparelho policial. A senhora até citou com muita propriedade o caso da juíza Patrícia Acioli, que a gente sabe que tinha uma conexão com a milícia - os envolvidos, evidentemente. A senhora nunca ouviu falar das denúncias de envolvimento do deputado Domingos Brazão com a milícia? Denúncia de envolvimento com milícias e com enriquecimento ilícito?
Eu faço essa pergunta porque a senhora votou como deputada no Domingos Brazão para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ele já com várias investigações em curso. Por que a senhora votou numa família tão conturbada assim?

Naquele momento a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas era da Assembleia Legislativa, e havia dois candidatos. Naquele momento, não havia nenhuma punição ao candidato Domingos Brazão, e eu votei sim. Talvez avaliando hoje talvez não tivesse votado, mas naquele momento não havia nenhuma questão que o acusasse, nenhuma denúncia formal, motivo pelo qual a vaga na Assembleia Legislativa tinha dois candidatos, e eu votei sim no deputado Domingos Brazão.  

Candidata Martha Rocha, terminaram as perguntas da sabatina e eu gostaria que a senhora falasse. O microfone do SBT News está aberto para falar com o povo do Rio de Janeiro. 
Eu quero mais uma vez agradecer o convite do SBT News. Quero dizer que eu sou cria da Penha, sou fruto da escola pública. Portanto, eu sei a importância da educação na vida das pessoas. Passei 31 anos na Polícia Civil, ocupei todos os cargos que relevância por mérito. Quando eu fui escolhida chefe da Polícia Civil eu já tinha ocupado todos os cargos, menos o cargo de chefe da Polícia Civil. Encerrei a minha função como servidora pública, me candidatei ao cargo de deputado estadual, fui eleita, estou no meu segundo mandato, tenho clareza no papel que eu desempenho na Assembleia Legislativa. Gostaria de dizer que os deputados têm direito a uma verba de gabinete de R$26.000 por mês, a qual eu não faço uso. Eu recusei essa verba com o único motivo: porque eu entendo que na política nós não estamos para nos servir, e sim, para servir ao cidadão do nosso estado, e nesse momento ao cidadão carioca.
Já sofri ameaça, já enfrentei preconceito, não tenho medo de desafio, não tenho medo de fake news. Gostaria que as pessoas que fazem fake news pudessem botar seu rosto, e não tentar fraudar ou burlar a lei eleitoral. Já que eles gostam de fazer fake news, que tenham coragem de apresentar o seu rosto. Apenas dizer que nós estamos buscando na Justiça Eleitoral o nosso direito de resposta. E dizer para todo mundo que está nos ouvindo: por favor, acompanhem nossos programas, visite nossa rede nossa rede social delegadamartharocha12.com.br. E dizer que eu tenho coragem para fazer diferente, é por isso que eu estou.
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