Preço da cesta básica aumenta em 10 capitais brasileiras em setembro
Levantamento feito pelo Dieese aponta alta no preço da maioria dos produtos; SP lidera ranking de valores
O valor da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em setembro. Segundo os dados, a maior alta ocorreu em Porto Alegre (2,07%), enquanto as principais reduções foram registradas em Belém (-2,58%) e Fortaleza (-2,31%).
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São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica registrou o maior valor no mês, R$ 792, seguida por Florianópolis (R$ 768), Rio de Janeiro (R$ 757). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 506), Recife (R$ 535) e João Pessoa (R$ 522).
A alta no custo da cesta foi influenciada pela elevação no preço da maioria dos produtos, como café em pó (que ficou mais caro em todas as capitais), óleo de soja (que subiu em 16 das 17 capitais) e o kg da carne bovina de primeira (que aumentou em 16 capitais). Os únicos itens que registraram queda foram a batata, o tomate e o açúcar.
No geral, a comparação dos valores da cesta entre setembro de 2023 e de 2024 mostrou que o custo da cesta básica aumentou em 11 cidades, com destaque para as variações de São Paulo (7,85%), Goiânia (6,65%), Campo Grande (5,76%) e Rio de Janeiro (5,19%). A retração mais importante foi observada em Natal (-7,51%).
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 50,13% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena alta em relação a setembro de 2023, quando o percentual ficou em 53,09%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em setembro deveria ter sido de R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes vezes o mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do ano passado, quando o piso mínimo era de R$ 1.320, o valor necessário ficou em R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o valor vigente na época.