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Economia

Operadoras de cartões de crédito terão que informar movimentações de contribuintes à Receita; entenda

Mudança é prevista por norma e está em vigor desde 1º de janeiro

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A partir deste ano, as operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento terão que informar semestralmente à Receita Federal os dados sobre as movimentações financeiras dos contribuintes.

A mudança, prevista na Instrução Normativa 2.219/2024, foi anunciada em setembro do ano passado. Ela entrou em vigor em 1º de janeiro.

O que mudou na prática?

Com a nova norma, as transferências acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas feitas a partir de 1º de janeiro de 2025 terão que ser reportadas à Receita pelas operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento.

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As instituições financeiras, a exemplo dos bancos públicos e privados, já eram obrigadas a informar a movimentação financeira de seus clientes em operações como o Pix e aplicações financeiras.

Como as informações serão enviadas à Receita?

As informações serão enviadas pelas operadores de cartões de crédito e instituições de pagamento por meio do sistema e-Financeira, da Receita Federal. Essa plataforma faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que coleta dados de contas bancárias, investimentos e previdência privada.

Quando as informações serão repassadas à Receita?

As informações ao Fisco serão repassadas semestralmente. Com isso, o último dia para que as informações referentes ao primeiro semestre sejam apresentadas é o último dia útil do mês de agosto. Neste ano, a data é 29 de agosto.

As referentes ao segundo semestre deverão ser enviadas até o último dia útil de fevereiro. Em 2026, o prazo terminará em 27 de fevereiro.

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Base de dados do Sped

A nova norma ainda aumenta a base de dados do Sped. O objetivo é concentrar informações sobre contas pós-pagas, bem como movimentações realizadas em moeda digital.

A medida, segundo a Receita, visam aprimorar o controle e fiscalização das operações financeiras, garantindo uma maior coleta de dados. O órgão ainda destaca que a medida "reforça os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Padrão de Declaração Comum (CRS), contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globais".

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