Economia

Mercado eleva projeção para Selic ao final de 2026 no Focus e vê manutenção da taxa em janeiro

Economistas também ajustaram para baixo expectativas da inflação oficial medida pelo IPCA e subiram projeções do PIB para 2025 e 2026

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Sede do Banco Central (BC), em Brasília | Divulgação/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram suas projeções para a taxa básica de juros ao final de 2026 e passaram a ver manutenção da taxa em janeiro, mostrou a edição mais recente do Boletim Focus nesta segunda-feira (8), que também apontou ajuste para baixo nas contas para a inflação oficial medida pelo IPCA para este ano e o próximo.

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Os dados do BC mostram que o ajuste nas projeções para a Selic apontando a expectativa de um BC mais cauteloso em 2026 se deu principalmente na sexta (5), quando os ativos brasileiros sofreram fortes perdas após a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria decidido apoiar a candidatura do seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência.

Os agentes consultados pela autoridade monetária mantiveram as expectativas para a Selic ao final deste ano em 15%, antes do Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar nesta semana sua última decisão de política monetária em 2025 em meio a ampla expectativa de manutenção da taxa.

Já para 2026, os agentes preveem agora uma Selic terminal de 12,25%, aumento ante os 12% calculados na semana anterior, mostrou o Focus. Para a reunião do Copom em janeiro, os agentes passaram a ver manutenção da Selic, ante corte de 0,25 ponto percentual previsto na semana passada.

Para o IPCA, os economistas ouvidos pelo BC realizaram ajustes para baixo nos cálculos, estimando agora alta de 4,40% em 2025 e 4,16% em 2026, ante 4,43% e 4,17%, respectivamente. Ambos os números estão dentro da meta de inflação, que é de 3% ao ano com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

No sentido oposto, houve alteração para cima nas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e o seguinte2,25% e 1,80%, respectivamente, ante 2,16% e 1,78% na semana anterior. O ajuste se deu a despeito de, na semana passada, dados do IBGE terem mostrado que o PIB cresceu menos do que o esperado no terceiro trimestre, com alta de 0,1% sobre o trimestre imediatamente anterior, ante expectativa dos economistas de expansão de 0,2%.

(Por Eduardo Simões)

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