Economia

CNI demonstra preocupação com desaceleração do PIB: 'Perda de ritmo adicional ainda deve acontecer'

Embora o PIB industrial tenha subido 0,8% entre julho e setembro, o crescimento acumulado do setor em um ano recuou de 3%, no 1º tri, para 1,8%, no 3º tri

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CNI demonstra preocupação com recuo do PIB: 'Perda de ritmo adicional ainda deve acontecer | Foto: Pixabay

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre, divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB).

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Embora o PIB industrial tenha subido 0,8% entre julho e setembro, o crescimento acumulado do setor em um ano recuou de 3%, no 1º trimestre, para 1,8%, no 3º trimestre.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, explica que há uma defasagem entre a elevação das taxas de juros e a materialização dos efeitos sobre a economia. Ele prevê, portanto, que uma perda de ritmo adicional ainda deve acontecer.

"No caso da indústria, o quadro é ainda mais preocupante. Então, somado aos juros, a demanda interna mais fraca e a ascensão expressiva das importações complicam muito o cenário para os próximos meses", afirma.

Para a CNI, a taxa Selic elevada é a principal causa para a perda de força dos "motores que sustentaram o crescimento da economia" em 2024 e que vinham segurando a alta do PIB em 2025. Um exemplo são as concessões de crédito, que desaceleraram em quase todos os segmentos.

Todo esse cenário teve efeito sobre o mercado de trabalho, que ficou estável depois de um longo período de crescimento acima das expectativas. O consumo cresceu apenas 0,1% no 3º trimestre, bem menos do que as duas altas trimestrais anteriores, de 0,6% cada.

O pouco crescimento do consumo foi outro fator que teve impacto direto sobre a indústria. A demanda doméstica por produtos industriais subiu apenas 0,1% no 3º trimestre. Parte da demanda também se desviou para a compra de bens de consumo importados, que cresceu 17% entre janeiro e outubro de 2025, em relação ao mesmo período do ano passado.

O desempenho de alguns setores produtivos impediu que a desaceleração da economia fosse ainda maior. Impulsionada pelo forte desempenho da safra, a agropecuária subiu 0,4% no 3º trimestre. Já a indústria extrativa registrou alta de 1,7%, a quarta consecutiva, graças ao crescimento da exploração de petróleo e gás.

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