Impostômetro atinge marca de R$ 1 trilhão – alta de 21,7% em comparação com 2023
Aumento pode ser atribuído à alta da inflação e ao crescimento da economia, que, no início do ano, foi maior do que se esperava, segundo associação

SBT News
O impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, registrou, às 12h desta sexta-feira, R$ 1 trilhão de arrecadação com tributos neste ano.
Este é o montante pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início de 2024. Entram na conta impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.
A marca foi atingida 21 dias antes do que em 2023. Isso significa que houve um crescimento de 21,7% na arrecadação este ano.
O economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa explica que o aumento pode ser atribuído à alta da inflação, uma vez que parte considerável da tributação é baseada nos preços dos produtos, além do crescimento econômico, que, no início do ano, foi maior do que se esperava.
Outros fatores que também impulsionaram esse crescimento foram as arrecadações atípicas da Receita Federal e o aumento do ICMS sobre produtos como gasolina, diesel e gás que ocorreu em dez Estados.
O economista ainda relata que, olhando para o resto do ano, a expectativa é de uma alta menor na arrecadação, já que as projeções de inflação são menores e a atividade econômica vem desacelerando. Isso, é claro, se não houver aumento nas alíquotas de impostos.
Para o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, o atingimento da marca de R$ 1 trilhão representa um efetivo aumento na arrecadação de tributos.
"Essa situação se reflete, com certeza, pelas políticas monetárias do governo atual, que está, desde o início da gestão, se esforçando em aumentar suas receitas, para fazer frente ao grande déficit público que tivemos até esse momento", afirma.








