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Economia

Galípolo diz que Banco Central não vai segurar dólar "no peito"

Segundo diretor de política monetária, câmbio flutuante é essencial para "momentos como esse"

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou, nesta segunda-feira (2), que a autoridade monetária não vai segurar o dólar "no peito" e que o câmbio flutuante é um dos pilares da matriz econômica. O dólar atingiu R$ 6,06 nesta segunda. 

“É uma discussão que às vezes vai surgir, de que o país tem US$ 370 bilhões de reservas, por que não segura no peito? Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona”, disse Galípolo durante um evento para investidores.

Segundo o futuro presidente do Banco Central, o câmbio flutuante é essencial para passar por momentos como esse. "Está cumprindo o seu papel muito bem e a gente segue só fazendo atuação em casos de desfuncionalidade”, declarou. 

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Galípolo também pontuou que a discussão se a meta de inflação de 3% “não é um tema para o diretor do Banco Central, que segue a meta”. Para ele, o tema “é uma página virada.” As projeções para 2025 superam a meta oficial.

No entanto, o boletim semanal do BC aponta que o IPCA deste ano deve fechar em 4,71%, 0,08 ponto percentual acima do previsto há uma semana.

O diretor destacou que o cenário atual do país pediu uma política monetária mais contracionista, o que indica que a taxa de juros ficará em um patamar elevado por mais tempo.

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"A gente não vai dar nenhum guidance agora, às vésperas do Copom, sobre o que a gente vai fazer na próximas reuniões. Neste momento, não vamos comunicar nada neste sentido", disse.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada nos dias 10 e 11 deste mês. Desde o último encontro, a taxa Selic foi elevada de 10,75% para 11,25%, colocando o Brasil com a terceira maior taxa de juros real do mundo.

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