Dólar fecha em queda com dados fracos da economia nos EUA
Às vésperas de 'tarifaço' de Trump, moeda fechou o dia em R$ 5,68. Medo de desaceleração da economia americana beneficia mercados como o Brasil

SBT News
O primeiro do dia de abril nos mercados financeiros mundiais foi marcado por expectativas em torno da promessa de Donald Trump em aumentar tarifas de importação para todas as nações que negociam produtos com os Estados Unidos (EUA). O anúncio está previsto para esta quarta-feira (2), trazendo impactos para vários países, entre eles o Brasil.
Além do receio em relação às consequências da guerra comercial de Trump para o próprio Estados Unidos, dados do mercado de trabalho e da indústria americanos, divulgados mais cedo, indicaram uma desaceleração econômica, o maior temor dos investidores.
Após a divulgação dos indicadores, a moeda americana perdeu força diante de outras divisas, incluindo o real brasileiro. No pregão desta terça (1º), o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,68 aqui no Brasil. Na outra ponta, a B3 (Bolsa de Valores em São Paulo) fechou no azul, com alta de 0,68%, resultado da performance positiva de duas das maiores empresas brasileiras, a Petrobrás e a Vale.
Tarifaço
O presidente americano, Donald Trump, prometeu taxar em 25% os veículos importados e isentar totalmente os carros fabricados pela indústria local. Ele pretende arrecadar 100 bilhões de dólares por ano com a medida que intensifica a guerra comercial global.
Investidores e economistas temem que o "tarifaço" traga impactos à própria economia dos EUA, já que nações como o Brasil, França e Canadá, anunciaram reciprocidade, ou seja, devem aplicar tarifas tão duras à produtos exportados do território americano.