13° salário: o que fazer com o benefício?
Economista sugere planejamento para dividir o uso do 13º entre prioridades e pequenos prazeres, ajudando a equilibrar as finanças pessoais
Bruna Macedo
O tão esperado pagamento do 13° salário está próximo, trazendo alívio e dúvidas para milhões de brasileiros. O benefício, que será pago a mais de 92 milhões de pessoas, deve injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia nacional, de acordo com o Dieese.
A dúvida sobre como usar o dinheiro é comum, principalmente devido ao apelo das promoções de fim de ano e à necessidade de quitar dívidas. O ideal, segundo Juliana Inhasz, economista do Insper, é dividir o valor para atender a diferentes necessidades. “Priorize gastos essenciais, como água, luz e aluguel. Depois, foque nas dívidas com juros altos”, recomenda.
A realidade é desafiadora para muitos. Mais de 68 milhões de brasileiros estão inadimplentes e veem no 13º uma chance para reorganizar as finanças. Cíntia de Lourdes, operadora de máquina, compartilha que precisará equilibrar a prioridade de contas altas com outras demandas. “Estou com a conta de água alta, mas as roupas das crianças são prioridade para mim”, afirma.
Os pagamentos do décimo terceiro serão feitos em duas parcelas. A primeira deve ser paga até 30 de novembro, enquanto a segunda tem como prazo final 20 de dezembro. A Black Friday, marcada para o fim de novembro, coincide com o recebimento do benefício e pode ser uma oportunidade — ou uma armadilha — dependendo do planejamento de cada um.
Do total de beneficiários, 61,7% são trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos com carteira assinada. Aposentados e pensionistas do INSS representam 37,1% dos que receberão o benefício.
Com um valor médio de R$ 3.096,78, o 13º pode ser um grande aliado para aliviar dívidas e também realizar pequenos desejos. Mas o planejamento é a chave para aproveitar o benefício sem comprometer o orçamento futuro.