Cesta de Natal sobe acima da meta de inflação do ano, aponta Fipe
Maior variação foi no azeite de oliva, com alta de 48,28%; preço médio da cesta é de R$ 402, 45
Os preços da cesta de Natal apurados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Usp, subiram 4,86% este ano. A medida é o segundo índice para o mês de dezembro (2ª quadrissemana) e a comparação é com o período de festas de fim de ano de 2022. Em termos da economia em geral, o resultado ficou acima do teto da meta estabelecida para a inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,75%.
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A maior variação de preços foi do azeite de oliva extra virgem, 500 ml, que subiu 48,28%. Entre itens específicos das festas, o champagne, garrafa de 660 ml, teve alta de 15,71%. E o atum sólido, embalagem de 170g, subiu 11,48%. A caixa de morangos também teve alta expressiva, de 26,52%.
Os produtos da cesta de natal realmente subiram acima da inflação no período. Deve-se considerar que esses itens são bastante específicos e consumidos, em grande parte, apenas nesta época do ano. A maior contribuição para essa elevação veio do azeite de oliva (48,3%), causada por fatores climáticos nas áreas produtoras - Guilherme Moreira, Coordenador do Índice de Preços da Fipe
A maior queda apurada pela Fipe foi da caixa do kilo da uva, que baixou 17,47% de preço. Veja abaixo as tabelas completas.
Para efeito de comparação, a cesta básica pesquisada pelo convênio Procon-SP / Dieese subiu 0,87% em novembro. Em 12 meses,a mesma apuração registrou queda de 4,65%. O preço médio desta cesta básica passou de R$ 1.181,85 (31 de outubro) para R$ 1.192,08 (30 de novembro), último dado disponibilizado. É uma referência importante para que os consumidores avaliem as oscilações de preços e se programem para as compras.
"No final de ano, tradicionalmente, os preços dos alimentos sobem. A causa é uma maior demanda em dezembro motivada pelas comemorações de final de ano. A expectativa é que esses preços tenham ligeira queda no início de 2024, devolvendo assim parte desses aumentos", completa Guilherme Moreira.