Insuficiência cardíaca pode ser confundida com envelhecimento? Saiba como diferenciar

Julho é o mês oficial de conscientização sobre a insuficiência cardíaca no Brasil, uma condição que pode ser confundida com o processo de envelhecimento natural (saiba mais abaixo).

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O Ministério da Saúde estima que 2 milhões de brasileiros convivam com a doença, com 240 mil novos casos registrados a cada ano.

No país, a cada 90 segundos, uma pessoa morre por doença cardiovascular no país, totalizando 46 óbitos por hora, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

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Envelhecimento x insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca acontece quando o coração perde a capacidade de bombear sangue de forma eficiente, prejudicando o funcionamento de órgãos e tecidos. A condição pode afetar pessoas de diferentes idades, mas é mais comum e preocupante entre idosos.

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Isso porque muitos dos sintomas da doença, como cansaço, falta de ar e inchaço, podem ser confundidos com sinais naturais do envelhecimento, como perda de energia, limitações físicas ou dificuldades para dormir. Essa semelhança dificulta a identificação precoce do problema.

“O problema tende a ser mais silencioso nessa faixa etária, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é importante que familiares e profissionais de saúde fiquem atentos aos sinais”, explica o cardiologista Augusto Neno.

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A diferença está na intensidade e na persistência dos sintomas. Enquanto o envelhecimento pode causar uma leve redução na energia e no ritmo das atividades, a insuficiência cardíaca provoca uma piora progressiva da capacidade física, mesmo em tarefas simples, como subir escadas ou caminhar curtas distâncias.

Outro sinal de alerta é a falta de ar ao deitar, o que não é comum no envelhecimento normal.

Outros sintomas comuns

• Tosse persistente ou chiado;
• Ganho de peso rápido (retenção de líquidos);
• Confusão mental e dificuldade para se concentrar.

Os sintomas costumam aparecer aos poucos e podem ser sutis, o que exige atenção redobrada.

“Por isso, qualquer alteração no comportamento, na disposição física ou no bem-estar do idoso deve ser motivo de investigação médica”, alerta o especialista.

Principais causas

A doença pode surgir por diferentes motivos. Entre os mais comuns estão:

• Hipertensão;
• Infarto;
• Diabetes;
• Arritmias;
• Doenças nas válvulas cardíacas;
• Envelhecimento do músculo do coração.

Fatores como sedentarismo, alimentação inadequada e tabagismo aumentam o risco.

Tem tratamento?

A insuficiência cardíaca não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento combina uso de medicamentos, ajustes no estilo de vida e, em casos específicos, intervenções médicas.

“O acompanhamento com cardiologista, atividade física leve, alimentação equilibrada e abandono de vícios como álcool e cigarro são medidas essenciais para manter a qualidade de vida”, reforça o cardiologista.