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Saúde

Tecnologia do coração artificial salva vidas e é oferecida pelo SUS

Dispositivo é uma alternativa para quem sofre de insuficiência cardíaca avançada e não pode receber um transplante

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Coração artificial | Reprodução
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Cerca de 14 milhões de brasileiros enfrentam problemas cardíacos, mas poucos sabem que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma tecnologia que pode salvar vidas: o "coração artificial". Esse dispositivo é destinado a pacientes com insuficiência cardíaca avançada que não estão aptos ou não podem esperar por um transplante.

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Flávia, uma das beneficiadas, conta que tarefas simples, como lavar a louça e fazer comida, eram uma dificuldade. "Subir escada, então, nem se fala", lembra. A situação de Flávia piorou após sofrer um infarto em 2015, seguido por uma trombose e uma embolia pulmonar nos anos seguintes. Ela já estava na fila do transplante, mas um teste revelou 97% de risco de rejeição. A única saída foi o coração artificial, que lhe devolveu a qualidade de vida: "Com o dispositivo, hoje consigo fazer tudo", comemora.

A tecnologia usada, chamada de "assistência circulatória mecânica de longa duração", é importada dos Estados Unidos e já foi implantada em 35 mil pessoas ao redor do mundo. No Brasil, o SUS realizou até agora 35 implantes. O dispositivo funciona bombeando sangue do ventrículo esquerdo para a circulação, substituindo parcialmente a função do coração. Ele é composto por uma bomba interna e um controlador externo, que precisa ser recarregado, similar a uma bateria de celular.

Segundo Silvia Ayub, médica assistente da Unidade de Insuficiência Cardíaca do Instituto do Coração (Incor), a tecnologia oferece esperança para pacientes com insuficiência cardíaca avançada. "O paciente pode realizar várias atividades, exceto mergulhar, mas pode até tomar banho", afirma.

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, matando 400 mil brasileiros anualmente. Essa nova tecnologia traz uma nova chance de vida para muitos.

Flávia é um exemplo de sucesso. Se antes tinha dificuldades, agora sobe escadas sozinha e faz planos para o futuro. "Quero viajar bastante, viver muito! Vou seguir firme e forte, porque renasci", conclui.

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