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Brasil

Litoral gaúcho tem mais de 18 mil casos de queimaduras por águas-vivas em duas semanas

Número é 256% maior do que o registrado no mesmo período da temporada em 2024; veja o que fazer em caso de contato com animal

Imagem da noticia Litoral gaúcho tem mais de 18 mil casos de queimaduras por águas-vivas em duas semanas
Bandeira roxa alerta para infestação de águas-vivas nas praias - Reprodução
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Foram registrados mais de 18 mil casos de queimaduras por águas-vidas, em duas semanas, nas praias do Rio Grande do Sul, segundo o Corpo de Bombeiros. O número é 256% maior do que as ocorrências do mesmo período na temporada de 2024.

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As filas nas guaritas dos guarda-vidas ilustram a quantidade de ferimentos em um único dia. Todos os banhistas em busca de vinagre para aliviar a ardência na pele.

O que fazer em caso de queimadura por água-viva?

O vinagre é o principal antídoto para diminuir o desconforto das queimaduras por águas-vivas. Por isso, é item indispensável dos bombeiros que atuam na região, nesta época do ano, conforme explica o Major Daniel Moreno, coordenador da Operação Verão no Rio Grande do Sul.

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"Você passa o vinagre no local que foi atingido, não esfrega e, após isso, pode terminar de lavar com água do mar. Espera um momento antes de poder lavar com água doce e água corrente de torneira, tá? Porque o vinagre vai neutralizar a toxina da água-viva. Se nós esfregamos, ela vai sentir uma agressão e vai soltar mais veneno. Se utilizarmos a água doce ou a água corrente de torneira, ela vai sentir uma agressão também, e vai soltar mais toxina", explica o Major Daniel Moreno, coordenador da Operação Verão no Rio Grande do Sul.

Os animais marinhos também têm causados problemas no litoral do Paraná. Da metade de dezembro até 1º de janeiro, houve 7.183 incidentes com águas-vivas - nove vezes mais do que no mesmo período do ano passado.

"Os cuidados que nós podermos ter é minimizar a área de contato com esses animais, utilizando lycras de manga cumprida e calção e evitando que pessoas alérgicas ou que são potencialmente sensíveis a esse tipo de queimadura entre em contado com os animais. Então, evitar que crianças, idosos e pessoas que possuem alergia tomem banho de mar nesse momento de grandes casos", alerta a capitã Tamires Pereira, do Corpo de Bombeiros do Paraná.

O que causa a infestação de águas-vivas?

O biólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Maurício Tavares, esclarece que as mudanças no clima está por trás desse aumento exponencial de animais marinhos no litoral sul do Brasil.

"No verão, na época quente, a corrente empurra as águas geladas pra baixo e, no inverno, acontece ao contrário. Então, quando tem essa predominância das águas quentes, mais tropicais, acaba vindo esses organismos que são mais tropicais. Então, quando água está mais limpa, como agora, que a gente tem no início do ano, favorece a entrada desses organismos. Por isso, aqui no Sul do Brasil, como um todo, está tendo essa ocorrência. Tem muitas na beira na praia, isso significa que na água tem muito mais", indica o especialista.

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