Problemas cardíacos matam mais de 500 brasileiros por dia
O check-up e o exercício físico são fundamentais para evitar doenças
Problemas cardíacos matam mais de 500 brasileiros todos os dias, e é a doença que mais mata no país. Os médicos alertam: a prevenção, em qualquer idade e até entre os atletas, pode salvar vidas.
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Beatriz Rodrigues tinha apenas 13 anos quando, durante uma aula de educação física, veio o susto. "Senti uma falta de ar, senti o coração batendo muito forte e, depois disso, eu comecei também a sentir que em coisas do cotidiano isso também tava acontecendo, como subir uma escada em casa".
Os sintomas ligaram o sinal alerta. Ela foi ao médico e descobriu que tinha arritmia cardíaca. Foi um problema no coração que matou João Paulo Diniz, aos 58 anos. Ele não resistiu a um mal súbito. O empresário era apaixonado por esportes e triatleta, mas sofria de uma doença congênita que pode causar inchaço no coração.
O médico da sociedade brasileira de cardiologia, Fábio Tuche, ressalta: a boa condição física não é sinônimo de coração saudável. "O mais importante quando você faz um check-up, por exemplo, mais até do que o exame complementar, é você realmente conversar com o paciente, entender qual é a história dele", afirma.
Atletas profissionais também são traídos pelo coração. No ano passado, o dinamarquês Eriksen desmaiou em campo, vítima de infarto. O socorro imediato salvou a vida do atleta. Já o argentino Agüero pendurou as chuteiras aos trinta e três anos, por causa de uma arritmia.
Aqui no Brasil, as doenças cardíacas são a principal causa de morte. Em média, 566 pessoas perdem a vida, todos os dias no país, por problemas no coração e, se eles afetam quem pratica esporte, imagina o risco entre os sedentários? "Você pode, no seu dia a dia, subir escada em vez de usar o elevador, você pode saltar do ônibus antes e ir andando", afirma o médico.
José Osmar foi além e, depois de passar por um transplante de coração, virou maratonista. Ele pega firme nos treinos, sempre com orientação médica. "Me inscrevi na primeira, de cinco quilômetros, consegui fazer numa boa, aí fui aumentando os quilômetros".