Brasil depende dos EUA, mas também do Brics, da Europa e do Mercosul, diz Tebet
Ministra do Planejamento e Orçamento afirmou que o Brasil deve "fazer o dever de casa" em meio ao atual cenário econômico mundial
Reuters
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reconheceu nesta quarta-feira (30) que o Brasil depende dos Estados Unidos para o comércio, mas pontuou que o país também tem relação de dependência com países do Brics, da Europa e do Mercosul, pedindo o avanço nos laços comerciais com esses grupos.
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Falando no evento Série de Debates Logística no Brasil, em São Paulo, Tebet afirmou que o Brasil deve "fazer o dever de casa" em meio ao atual cenário econômico mundial, defendendo que o país não pode ficar dependente de "intempéries".
As falas ocorrem em meio à aproximação do prazo de 1º de agosto imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a cobrança de uma tarifa comercial de 50% sobre o Brasil, com o governo brasileiro tentando negociar com Washington.
Mais cedo, Trump declarou que o prazo para o início da sobretaxação não será prorrogado.
"O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1° de agosto - ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!!!", escreveu Trump em publicação no Truth Social. Trump não cita diretamente o Brasil, mas a declaração atinge também o país que teve a maior sobretaxa anunciada pelo presidente norte-americano, de 50% sobre as exportações nacionais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ainda há espaço para negociação com os Estados Unidos, mesmo se as novas taxações impostas aos produtos brasileiros entrarem em vigor.
A missão do Senado brasileiro segue nos EUA para tentar um acordo, mas até agora fez poucos avanços. Sem encontros marcados com integrantes da administração Trump, a comitiva conversou com senadores nesta terça-feira (29) - quase todos democratas, partido que faz oposição ao presidente dos EUA.
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Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, o presidente Lula afirmou que quer ser tratado com respeito e reclamou que "ninguém" do governo dos Estados Unidos, Donald Trump, "quer conversar".
