Boletim Focus: BC projeta queda na Selic em 2026 e PIB fica em 2,16%
Semana tem atenção do mercado voltada a decisões do ministro Fernando Haddad e índices dos EUA

SBT News
com informações da Reuters
O mercado passou a ver que a taxa básica de juros Selic terminará 2026 em 12,25%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central (BC), consolidando a redução indicada no levantamento da semana passada.
A pesquisa semanal anterior já havia mostrado redução da expectativa para a Selic a 12,38% na mediana das projeções, após 32 semanas de manutenção em 12,50%.
Para este ano, segue a expectativa de que a taxa de juros terminará nos atuais 15%, depois de o BC ter decidido pela manutenção na semana passada, destacando que o ambiente incerto demanda cautela e que seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta. + Dólar completa quarta semana consecutiva em queda
O levantamento com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2025 segue em 4,83%, com um ligeiro ajuste para baixo de 0,01 ponto percentual na conta para 2026, a 4,29%.
O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento foram mantidas em 2,16% este ano e em 1,80% no próximo. As projeções para o dólar também não sofreram alterações, a R$5,50 e R$5,60 respectivamente.
Abertura do Dólar
O dólar subiu ante o real nesta segunda-feira (22), na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, com o mercado monitorando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de evento do banco BTG Pactual nesta manhã em São Paulo.
A semana carregada de indicadores e eventos econômicos no Brasil e no exterior também está no radar dos investidores.
Às 10h33, o dólar à vista tinha alta de 0,28%, aos R$5,3353 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha leve alta de 0,01%, a R$5,3475.
Haddad defendeu que, para o arcabouço fiscal ser fortalecido, é necessário criar condições políticas para tratar sobre ajuste de regras com os parlamentares. O ministro disse ainda que não vê uma norma fiscal melhor que a do arcabouço e defendeu o combate de "desperdícios" com o avanço de propostas que já estão tramitando no Congresso Nacional, após citar temas como supersalários no serviço público e Previdência de militares. + Empreendedorismo bate recorde no Brasil e movimenta mais de R$ 135 bilhões em 2025
O dólar se manteve no território positivo durante os comentários de Haddad, dando continuidade ao movimento mais recente de ajustes de alta nas cotações após as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA na quarta-feira passada.
Ao longo desta semana, investidores estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, ao IPCA-15 de setembro e ao Relatório de Política Monetária do BC, ambos na quinta-feira. Nos EUA, destaque para dados do Produto Interno Bruto (PIB), na quinta-feira, e para o índice PCE, na sexta-feira.
Na última sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,02%, aos R$5,3205.
O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 30.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.
Às 10h34, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana — caía 0,28%, a 97,456.